___ oblíquas variações infinitas dos corpos ___

_________óptico sonoro    vibração        composição            imagem               superfície                  simulacro         “Se porrada educasse, bandido saía da cadeia um santo.”                                                 Lula faz vazar dois enunciados constituídos como verdades. Um que o conceito de educação foi impedido pela força irracional de subir à superfície como educare: colocar à frente, movimenta-se, criar; a educação como devir filosófico produtivo. Prevalecendo o conceito de punição. A ação judicativa antes do processual educacional. Nada do que possa ser tido como educação. A pedagogia punitiva desdobrada da culpa como compulsão do perdão para si e para o outro: “Me castigo para me perdoar. Te castigo para ti perdoar: te livro de tua culpa”. Eis a lei confundida com educação. Outro a existência da tortura como forma de pedagogia punitiva. Lula fala em público o que muitos, juridicamente, evitam tratar. Mesmo com organismos internacionais e nacionais do Direitos Humanos, denunciando constantemente. Mesmo quando vaza na enunciação da opinião pública quando afirma que o preso sai muito pior da cadeia do que quando entrou. Na ditadura usava-se o argumento, para defender o uso da tortura como técnica de interrogatório, afirmando que havia pressa para ouvir a confissão do preso político. Lula mais uma vez mostra que inteligência não se faz em uma enunciação óbvia. Não é uma mercadoria comprada em uma instituição escolar.       “Mais de um, como eu sem dúvida, escreveu para não ter mais fisionomia”                      Foucault               Quando ele me olhou de Netuno, entendi que havia vida na terra.         A fragrância flagrou-o: alergia.            __________________Beijam-se: Maradona & Canigia. Beijam-se: Madona & Brytney. Já faz tempo. A Globo não BBBeija: vende o pouso composto da superfície lábios, como mercadoria transgressora. O beijo não é transgressão. Quando uma boca sabe que os elementos constitutivos de outra boca é de um macho ou de uma fêmea? Quando é tornado mercadoria. Beijar é das espécies, não da dor. Quanto vale o beijo de Judas para a Globo? Todo preconceito é aprisionamento da vida. Ainda mais quando é vendido como novidade. A Globo é démodé: sorve o imóvel.  ___________      __________________________________________Os estereótipos de nada servem. A não ser para lembrar-nos que nada servem. Os estereótipos como os clichês, se não são os mesmos, são os mesmos: recursos dos sem vozes. Quando em solenidades: vernizes de ocultação da estupidez epistemológica. “Tirar o cavalo da chuva…  Saímos em protesto… A oposição não vai ceder nenhum milímetro… A oposição não é chiclete nem pingue-pongue…” Estereótipos tautológicos  que revelam a limitação lingüística/cognitiva de Arthur Neto. “O presidente Lula precisa se olhar… Todo dia cospe no prato que está comendo… É mera politiquez… Foi mal usado…”  Fonte do feedback dos clichês do senador: clichês de seu mestre Fernando Henrique, eterno invejoso do sucesso político de Lula. Depois a dupla não sabe porque o povo brasileiro não toma conhecimento de suas importâncias políticas. Mas Athur se toma importante: quer que seu partido o tenha como presidenciável. Quer que nas pesquisa de sondagem para presidente em seu partido, seu nome também figure como candidato. Enquanto isso, seu mestre, Fernando Henrique, Serra e membros do PSDB de São Paulo imaginam sua retirada da liderança(?) do partido.                               “Geralmente, o estereótipo é triste, porque é constituído por uma necrose da linguagem, uma prótese que vem tapar um buraco de escritura, mas ao mesmo tempo não pode deixar de suscitar uma imensa gargalhada…”                              Barthes     ____  ______  __O jogador Adriano, do São Paulo, cometeu uma atitude que a diretoria não gostou, e disse que é ele que tem que se comportar como os outros jogadores do clube. Se é considerado imperador, é lá em Roma, e não no São Paulo. O repórter da folha quis mostrar sabedoria inútil, corrigindo a diretoria, afirmando que ele é imperador na Inter de Milão. Não sabe o inteligente integrante da inteligente imprensa, que a torcida e o jornalismo pro Inter cunharam o epíteto Imperador por causa do Imperador Romano.  Em alguns países o povo luta juridicamente pelo direito de imagem: a imagem reproduzida por qualquer meio tecnológico, pertence à pessoa copiada. Logo, é direito privado. Caso contrário é crime. Os funcionários da Globo Luciano Hulk e Angélica vendem a imagem de seu filho. Marx diz que o dinheiro é grande prostituta: se reifica em qualquer mercadoria. O que pensa o casal sobre seu filho, mercadoria e dinheiro. Mesmo que a renda seja doada a uma instituição de caridade. Não elimina a operação paternal-imagética-capitalística. A imprensa respondeu a seu modo: é para evitar os paparazzos. Coisas do amor familial.

O cinema atual é como um restaurante de ‘preço fixo’, em que só servem pratos de carne: o estômago logo ficará num estado terrível”                       Jean Renoir     ______________________________O senador Jefferson Péres desabafa como o último senador romano antes de Nero e Calígula: “Estamos encenando uma peça de ficção, fingindo, mas o povo pensa que é verdade, que é sério isto aqui, que são legisladores da República Federativa do Brasil cumprindo seu papel de legislar…” Não sabemos porque nos parece que o senador não conhece a opinião do povo brasileiro. Por isso não sabe que ele é inteligente, reelegeu Lula, e tem o parlamento brasileiro em péssimo conceito.                “Todos que eu via ao meu redor eram uns fracassados ou então uns grotescos. Sobretudo os que tinham vencido. Eu não precisava de Deus nem ele de mim, e eu dizia freqüentemente que se Deus existia, seria com calma que eu iria ao seu encontro para cuspir-lhe na cara”                        Henry Miller

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