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@ BOLSA-FAMÍLIA TRANSFERE MAIS DE R$ 8,9 BI. O programa principal do governo Lula, o Bolsa Família, garantiu a transferência de renda à 45,8 milhões de brasileiros, correspondentes à aproximadamente 11 milhões de famílias. O programa, que exige em troca a permanência da criança na escola, o acompanhamento no posto de saúde das crianças e o pré-natal das grávidas é responsável por um acréscimo de 45% na renda familiar desses brasileiros. Entidades como o Banco Mundial e o IPEA, em pesquisas, constataram que, à parte erros e malversações prefeiturais, o programa realmente atinge a base da pirâmide sócio-econômica (Fonte: MDS). È de se compreender as atitudes da direitaça, quando luta para acabar com fontes de financiamento destes programas, como a CPMF. Embora ainda não tenha permitido um significativo aumento da autonomia econômica dessas famílias (por condições que ultrapassam a alçada do programa – é uma questão de subjetividade capitalística), o programa diminuiu em muito os mecanismos e estratégias de cooptação e chantagem de politiqueiros que se elegiam em função da miséria alheia. Num mundo onde a fome fisiológica é transformada em fome social, programas como o Bolsa Família e seus correlatos latinos e africanos não são uma solução permanente, mas incomodam e muito as estruturas de dominação social de mais de 500 anos. I inda tem françêis…

@ CLASSE C ATACA NO COMÉRCIO ONLINE. O portal Mega Omni, que agrega mais de 35 mil micro e pequenas empresas, além de pessoas físicas que atuam no comércio pela internet, divulgou dados da sua performance anual que permite demonstrar como a classe C (crescente no governo Lula) tem incrementado o comércio online. Os notebooks e computadores pessoais são o sonho de consumo dessa classe, que se beneficia da queda de preço para comprar. Segundo a consultoria e-bit, 45% das compras feitas na internet são feitas por famílias com renda de até R4 3 mil, contra 38% em 2001. Resultado do aquecimento da economia: quando os eleitores sentem no bolso as mudanças, não tem teratogenia nem factóide de mídia golpista seqüelada que consiga derrubar governo. I inda tem françêis…

@ BENAZIR BHUTTO E A POLÍTICA INTERNACIONAL ESTADUNIDENSE. Quando a ex-primeira ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, pisou na sua terra natal, anos após o exílio, foi por iniciativa norte-americana. Temerosa com a ascensão política de partidos ligados ao extremismo islâmico num país cuja ditadura militar é protegida pelo governo estadunidense, a secretária de Estado Americano Condoleeza Rice convenceu Bhutto a se aliar ao ex-adversário e atual presidente, o general Pervez Musharraf, para compor um governo de coalizão. Um atentado a bomba recebeu Benazir em seu país. Com a proximidade das eleições, e antevendo a força política da adversária, o governo paquistanês começou a “limpar” o poder judiciário, afastando todos os juízes contrários aos desígnios oficiais, e preparou terreno para um retorno em trajes civis para Musharraf. Diante da força política de Bhutto, o governo encontrou dentro de casa uma grande inimiga, que começou a mobilizar seus simpatizantes contra aquela eleição. “Curiosamente”, com a morte de Bhutto (21-06-1953 * 27-12-2007), quem mais tem a ganhar é o governo de Musharraf, que pode, a pretexto de manter a ordem, prolongar o Estado de exceção no país. Os EUA ganham a curtíssimo prazo, mantém o controle sobre o governo do país. Mas dá munição para a oposição e para a crescente ojeriza internacional que vem sofrendo graças à política internacional do governo Bush, voltada para interesses econômicos de grandes corporações. I inda tem françêis…

@ SENADORES TIRANOS NÃO SUPORTAM A LIBERDADE. Por isso, alguns da base “aliada” do Governo, que votaram/gostaram do fim da CPMF, resolveram formar um bloco suprapartidário independente para fazer críticas e exigências ao governo. A lista dos nomes e seus motivos/lamentos estão no blog Amigos do Presidente Lula. Tomamos aqui algumas das palavras vazias utilizadas pelos senadores para fazermos, não uma interpretação, mas pegarmos o que vai pelas entrelinhas: 1) “Aliados do Governo”: a referência se diz a governos anteriores ao de Lula; 2) “Suprapartidários”: está certo, já que a maioria destes senadores corporativistas sempre atuaram para seu grupo, sua classe, em detrimento da população como um todo; 3)“independentes”: o são, com certeza, do público, da política, da inteligência, da democracia; “críticas e exigências”: significa “farinha pouca meu pirão primeiro”, ou “em terra de sapo de cócoras com ele”, ou ainda a fala de um burguês no cinema Encouraçado Potemkim, de Eisenstein, “pérolas com os porcos”… No mais só mágoa, ranger de dentes, por terme de participar sem querer do que nunca fizeram: trabalhos sociais, políticos, projetos inteligentes, conduta ética, etc. Mas o desespero maior, mamãe-eu-morro-de-medo, é que, assim como no caso da CPMF, sabem que, por sua inteligência/prática, Lula não precisou e nem precisará deles para governar o Brasil. Por isso viram o beicinho, batem pezinhos, mas não produzem nenhuma alegria carnavalesca. I inda tem françêis…

@ JULIE GAVRAS DIRIGE A CÂMERA para o cinema como ação política do olhar na sua estréia do cinema como ficção: A Culpa é do Fidel. Diferente das identificações de uma ultra-esquerda impotente, que assiste La Faute à Fidel! como uma denúncia à força ideológica capitalista sobre as criancinhas indefesas, e das também identificações da crítica-julgamento, que assiste como uma denúncia à imposição ideológica dessa ultra-esquerda, e que tenta abafar os anseios das novas gerações, a filha do cineasta político/filósofo/artista grego Costa-Gavras (“Z”, Estado de Sítio, O Quarto Poder) faz cinema fazendo ver para além da poeira que é a “ideologia” e liberando afectos e perceptos que não eram vistos/sentidos pelo olhar embotado de todos que destilam a bílis do ressentimento. Como cineasta-filósofa, Julie se situa à esquerda, como diferença e sensibilidade na construção da imagem como novas formas de ação no mundo. Talvez até vá às salas-shopping coca-pipoca-cola de Manô, mas por no máximo 1 dia. Ainda bem que sempre existem outras formas de ver kinema. I inda tem françêis…

Vamos que vamos

Quem foi, passou

E quem não foi

Já vai chegando…

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