i iNDA TEM FRANÇÊiS Qi DiZ Qi A GENTi NUM SEMO SERO
@ MTE ATUALIZA LISTA SUJA. O Ministério do Trabalho e Emprego atualizou, no último dia 20, o cadastro de empregadores e empresas autuadas por exploração do trabalho escravo. A lista é atualizada semestralmente, e o autuado tem seu nome publicado durante um prazo mínimo de dois anos, mesmo que cumpra as determinações da fiscalização do MTE. Entre as novidades, a empresa de laticínios Morrinhos Indústria e Comércio, da marca Leitbom, que mantinha, em 2005, empregados em regime de escravidão na cidade de Minaçu (GO). Outra empresa estreando na lista é a Fazenda Roncador, localizada em Querência (MT). A Agroserra, que produz álcool e soja, localizada em São Raimundo das Mangabeiras (MA), também está na lista. Para visualizar a lista completa, clique aqui. Enquanto Arthur Peteleco, FHC e os DEMos combatem a favor dos empresários, derrubando a CPMF, o governo atua na linha contrária: enfraquece as seculares relações de força que fazem do Brasil um país ainda atrasado até mesmo para o Capitalismo. I inda tem françeis…
@ CRISTINA FERNÁNDEZ ENCARA O COMPLÔ ESTADUNIDENSE. No dia 04 de agosto, agentes da alfândega argentina encontraram uma maleta com mais de US$ 800 mil não declarados, em poder do empresário Guido Antonini Wilson, que tem nacionalidade estadunidense e venezuelana. Wilson voltou para Miami sem a mala, e sem reclamar o seu conteúdo. Segundo o FBI, através de testemunhas, o dinheiro seria um “presente” do governo de Hugo Chávez para financiar a campanha de Cristina à presidência do país albiceleste. No entanto, quando a justiça portenha solicitou extradição do dono da maleta, a justiça ianque silenciou. No processo argentino, Wilson é réu (lavagem de dinheiro e contrabando), mas nos EUA, é vítima. Cristina não deixou barato: convocou o embaixador norte-americano para explicar a lambança rocambolesca do FBI, e já mandou avisar a Bush Júnior que o Banco do Sul, o Mercosul e a aliança com o governo bolivariano de Chávez continuam, a despeito das “porcarias da política internacional”. Imagina quando for a Dilma… I inda tem françeis…
@ NA MÍDIA BRASILEIRA, SANGUE SÓ É BOM QUANDO É CONTRA O GOVERNO. Quando se trata de atingir o Governo Federal, qualquer notícia serve. Quando um grupelho ligado ao MLST tentou entrar na Câmara dos Deputados e houve confronto com a segurança, a imprensa rapidamente agiu, tentando adesivar a imagem do líder do movimento ao governo Lula. Mas quando se trata de falar da PM de São Paulo, estado governado há anos pelo PSDB/DEM, que á a polícia que mais executa, fere e mata, aí a questão é mais “delicada”. Nenhum dos jornalões, tanto de TV quanto de mídia impressa, deu ao episódio da morte do menor Claudio Rodrigues Jr, 15 anos, morto em sessão de tortura por choque elétrico por PM´s, as cores e as nuances trágicas que dariam se o casso fosse numa administração do PT. A notícia, em alguns deles, saiu nas páginas internas, bem recheadas de outros assuntos. Tortura, censura, irresponsabilidade, partidos aliados aos interesses econômicos das corporações. E ainda dizem que Chávez é ditador. I inda tem françeis…
@ ANISTIADOS DA DITADURA RECEBEM INDENIZAÇÃO. O processo de pagamento das indenizações aos familiares e sobreviventes perseguidos pela ditadura brasileira, de 2001 para cá, já pagou mais de R$ 2,4 Bilhões. No governo Lula, a ordem é não mais recorrer das sentenças judiciais, a fim de que todos os processos possam ser julgados e executados até o final do mandato do presidente. A iniciativa tem o apoio do ministro da justiça, Tarso Genro. Estima-se que ainda faltem cerca de 30 mil processos a serem julgados. O Brasil se soma, ainda que tardiamente e timidamente, à onda de reparações nos países onde as ditaduras oprimiram os povos e a resistência, como a Espanha, Argentina e Chile. Na onda da moda, que diz que ser anistiado é in e ter participado da ditadura é out, até membro do DEM, ex-PFL, partido que arregimentou os ex-políticos biônicos e colaboradores dos militares querem posar de anistiados. I inda tem françeis…
@ SUSPENSÃO DO VESTIBULAR DA UFAM PELO MPF está mais para uma comédia de costumes. Além de excludente, como todo vestibular, o da Universidade Federal do Amazonas é também fraudulento. Primeiro no dia 09 deste mês quando da prova de Conhecimentos Gerais I, foram entregues em alguns locais aos candidatos a prova de Conhecimentos Gerais II, que seria realizada no dia seguinte. A prova do dia 10 foi então transferida para o dia 23, mas o Ministério Público Federal pediu a suspensão devido à representação de 11 candidatos e um abaixo-assinado de outros 125, que denunciaram várias situações que colocam em suspeição a lisura das provas, entre eles: lacres violados ou envelopes lacrados somente com fita adesiva; em algumas salas os fiscais não entregaram a prova de redação, outros orientaram candidatos a dissertarem sobre temas livres; como havia apenas um fiscal em cada sala, na necessidade de saída do mesmo, houve ausência de fiscalização; numa sala da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas foi precipitadamente anunciado que a prova do dia 9 fora cancelada; o cancelamento da prova do dia 10 abalou emocionalmente candidatos; segundo os candidatos, havia questões repetidas na prova do dia 09 e outras questões não constavam no caderno de prova; ausência de questões nos cartões-resposta… E a comédia de costumes prossegue na irresponsabilidade no trato da coisa pública pelo poder dito público. Não é só este vestibular, e tampouco somente a UFAM; é a distância em que a Universidade – preenchida apenas por abstrações/simulações, sem qualquer práxis real/política – encontra-se da população, que ri dos falsos saberes dos Phdeuses e seus templos de marfim decadentes. I inda tem françeis…
@ A DESCONHECIDA, DE GIUSEPPE TORNATORE estreou ontem no sul-sudeste e causou um frisson daquilo que mais caracteriza a crítica cinematográfica esapecializada: erros e contradições. O primeiro erro é, a cada novo filme do cineasta italiano, sempre compará-lo com sua obra-prima Cinema Paradiso; como se a crítica, que sobrevive de preencher lacunas, pudesse ver uma imagem kinemasófica. O segundo é a comparação com alguns cinemas de Hitchkoch e até de Brian de Palma. Hitchkoch ainda vá, embora não exista comparação, mas Brian de Palma é forçar a barra do nivelamento por baixo. Uma situação que demonstra a hilaridade da crítica é sobre a atuação da atriz de teatro russa Ksenia Rappoport, que faz a ucraniana Irena; todos rasgam-lhe sedas, mas a deslocam d’A Desconhecida, que chegam no afã da capacidade de depreciação de comparar certas passagens com novelas globais. Talvez estejam certos, já que não temos por hábito assistir a novelas; agora ver cinema é outra coisa. Até a música de Ennio Morricone, apesar de o aplaudirem de pé durante horas, é apreciada nestas estapafúrdias comparações. Como provavelmente será indicação italiana para o Oscar de melhor filme estrangeiro, talvez venha às salas-shopping coca-pipoca-cola de Manô, aí você poderá ver, com olhos de cinefilósofo, o que a crítica especializada especialmente não vê: cinema. I inda tem françeis…
Vamos que vamos
Para onde vamos…