AS CÓPIAS DOS PAIS NA PROPAGAÇÃO DA POLÍTICA DAS FAMÍLIAS
Produção Afinsophia.
O antipsiquiatra inglês, Ronald Laing, afirma, através de seus estudos sobre a política das famílias, que existem dois nascimentos: o nascimento biológico e o nascimento existencial. O primeiro é da ordem do nascimento de todos. O segundo é da ordem das vivências de cada um. Mas não vivências indiferenciadas, e sim, vivencias diferenciadas. O que significa que nem todos nascem existencialmente.
O nascimento existencial, sendo um estar-no-mundo confirmador da ontologia do existir, requer separação dos laços familiares que constituem toda a política das famílias. Esse nascimento é confirmado quando o sujeito se tornou agente de si mesmo como partícipe da comunidade ontológica. Quando deixou o culto aos fantasmas familiares imobilizadores da infância que impedem o crescimento. Fantasmas que se deslocam de gerações passadas e perseguem as novas gerações que nunca chegam ser novas gerações ontologicamente. Mas a questão crucial que se encontra nessa política das famílias, é que não se sabe onde se encontra o original. O que deu origem as cópias que se propagam em forma de profusão.
Como na política dessas famílias os valores cultuados são tidos como necessários e verdadeiros, ao passarem para outras gerações, são tomados por essas gerações como também necessários e verdadeiros. Por mais que eles destoam dos valores da maioria da comunidade. Um dos elementos responsáveis por essa fixação desses valores são os signos místicos e míticos que encobrem o signo família como sendo um símbolo sagrado infalível. Daí porque poucos escapam dessa política familiar. A não ser através de outros atalhos. Daí porque esses filhos filhos afirmam que seus pais estão sempre certos.
O deputado-golpista Wladimir Costa, o da tatuagem com o nome de Temer, e que foi denunciado como tendo assediado uma jornalista, e que vai ao Conselho de Ética da Câmara Federal, postou, e compartilhou, uma foto em que aparece uma adolescente de 16 anos seminua, com legenda indicando que ser a filha da deputada Maria do Rosário (PT/RG). Como se conhece uma pessoa por suas proposições, sabe-se que a deputada jamais teria uma filha que transitaria pelo celular de tipo como o simulado-deputado (simular: fingir ser o que não se é) que o Brasil conhece por suas proposições.
Como Maria do Rosário nasceu existencialmente, e é essa existência que incomoda os não-existentes, infere-se, sem qualquer erro, que seus filhos também nasceram existencialmente. Se movimentam em suas livres ontologias omo seres que autentificam o existir. Porém, a postagem do simulado-deputado, não se resumiu a adolescente. Ela mostra a foto de Eduardo Bolsonaro, filho do deputado Jair Bolsonaro, que acabou de ser condenado pelo STJ por ofensa a deputada Maria do Rosário. O que deixou seus semelhantes indignados. Na foto tem a legenda. “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”.
Os deputados Wadih Damous e Jorge Solla vão protocolar a denúncia contra o simulado-deputado.