DAS PROXIMIDADES ATIVAS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

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O final de um ano é tido como um momento de avaliação e futurações para o ano vindouro. Pelo (des)entendimento capitalista, a essa questão passa sempre pelas cifras/lucro armazenado e como armazenar mais e mais. Para as pessoas que mantém uma relação de afetividade, de vivência autêntica com os outros, é um momento de entrar numa conversação para ver em coletividade o-que-valeu-a-pena e fazer projetos reais de futuras realizações comunitárias. Durante o ano de 2007, realizamos neste bloguinho intempestivo alguns trabalhos a respeito das religiões Candomblé e Umbanda. Como as religiões afro-brasileiras são muito procuradas nestas épocas para fazerem suas previsões, devido aos seus conhecimentos e sensibilidade em perceber acontecimentos que se darão ou que podem ocorrer, estamos trazendo aqui as previsões de alguns Pai de Santo que nos abriram as portas dos barracões neste ano. Então, aproveitamos também para agradecer ao Pai Gilmar, Pai Francisco, Pai Geovano, Pai João Bosco, Pai Ribamar e todos os outros da imensa comunidade de todas as religiões afro, que, além de uma crença bonita, pujante, praticam, lutam por enaltecer, diminuir preconceitos de manifestações que estão na própria indiscernível origem de nossa cultura, enquanto criações intempestivas que preservam nossa essência de agir, de viver.

AS PRE-VISÕES DE PAI GILMAR, FÔMU DE IEMANJÁ

SOB A REGÊNCIA DE OGUM

O ano de 2008 vai ter como patrono Ogum, junto com Oyá, Iansã. Será um ano de muita guerra, muita batalha, muito problema e principalmente muita confusão. As pessoas que gostam e que acreditam na força do mundo espiritual, seja ela os orixás e os cabocos, que se peguem muito com Ogum, o senhor da estrada, o senhor da guerra, o patrono da confusão, não de fazer confusão, mas sim de resolver. As pessoas que querem resolver problemas amorosos, financeiros, de doença, que se peguem com Ogum, São Jorge na Igreja Católica, peça a ele pra ajudar, porque vai ser um ano de muito fervor, um ano muito quente, mas vai ser um ano muito bom.

DAS CONFUSÕES NA POLÍTICA

Na política vai ser um ano de muita briga, até mais do que a gente tá acostumado a ver. Nessa política que vem aí no ano de 2008, vai ser um ano de muita confusão, muito disse me disse, muita coisa podre, muita coisa suja vai ser colocada tudo pra fora.

Pro Brasil, vai ser melhor de um modo geral. Se as pessoas prestarem mais atenção, além do que já prestam, vai ser um ano muito bom, muito positivo.

Um político muito influente vai falecer esse ano, eu não sei o nome dele, mas é um político muito influente. Porque tem muitos políticos influentes, o Arthur, o Jefferson Péres, o Amazonino, o Gilberto Mestrinho. Um deles, eu não sei qual é, mas nós vamos ter uma perda muito grande esse ano de 2008, provavelmente na metade do ano, do primeiro pro segundo semestre.

DA POLÍTICA COMO JOGO DE AZAR

Tem alguns políticos que já me ligaram, o Gilmar Nascimento, que é meu amigo pessoal. Mas eu não gosto, acho política igual jogo, jogo de azar. Acho uma coisa muito improvável, primeiro porque se eu jogar hoje, pra hoje é uma coisa, porque mesmo que eu vá prever o que vai acontecer daqui a dois dias, mas daqui a uma semana pode ter mudado porque o presságio, o tempo de hoje está abafado, com o sol quente, porque o sol tá lá em cima e ele não some, tá abafado por causa das nuvens e com pancadas de chuva, mas daqui a meia hora o sol pode tá abrindo. O próprio presságio do momento vai falar uma coisa, daqui a uma semana vai mudar completamente. Tem previsões certíssimas, mas eu, em particular, não faço. Eu gosto, eu gostei de você, me dei bem com você, aceitei suas propostas pra mim. Lógico que a proposta é feita pra coletividade, mas pra minha cabeça o que você está propondo a ser vereador e se eu acho que vai fazer, então eu vou e voto em você. Tem gente que vota até pela beleza. A mulherada votou no Collor porque achava ele bonito e olha a merda que fez.

DA INCONSTÂNCIA DOS POLÍTICOS

Na eleição passada, ele [Gilmar Nascimento] veio foi na frente da minha casa, gravei entrevista com ele e tudo. Ele disse que vinha e que ia ajeitar a nossa rua, porque realmente é uma coisa pequena. Aqui atrás não, aqui atrás é grande, que tem aquele mural de pedra que chamam de rip-rap. Mas aqui não, aqui é só canalizar. Lá na frente mais é canalizado, e porque aqui nada? A gente pediu dele. No outro dia ele estaria aqui, cadê? Vai fazer quatro anos e até hoje. E muito pelo contrário, foi um dos políticos que virou as costas pro projeto do Parque dos Orixás, e nem quiseram ler. E vamos começar a briga de novo, porque a ministra Marina Silva também já está a nosso favor porque nós falamos com ela quando esteve aqui em Manaus, falamos que o projeto não foi pra votação, não foi lido, e ela disse que é inconstitucional. Qualquer cidadão, isso ela falou, pode até pegar papel higiênico e escrever o projeto e eles têm que ler no papel higiênico. O que vai fazer quando o presidente se manifestar e colocar em votação aí cada um se coloca como sim ou como contra. Mas não se recusar a ler. Ela disse que tem um monte de coisas aí. Primeiro porque é inconstitucional, tem que ler, e segundo, que tem a discriminação e aí vem um monte de coisas, e ela disse que era pra reformular de novo o projeto e etc, que ela seria uma das militantes.

DAS VÃS CRENÇAS DOS POLÍTICOS

Não foi eu que falei com ele, eu não gosto de mentir, mas eu falei com uma das secretárias dele particular, a Mariene, da Semasc. Ela veio aqui em casa várias vezes em reunião, com os santinhos do Marcelo Serafim, disseram a mesma coisa, que iam ajeitar a rua toda, até hoje desde o ano passado. No começo deste ano, tinha um buraco imenso aí na frente, aí agente pediu, pediu, e vieram ajeitar. Aí nessa descida pra cá, colocaram uma placa na rua com quase 700.000 quera o custo da obra pra ajeitar as ruas. As ruas. Ajeitaram só a rua principal, nem a outra e nem a descida. 700 mil reais eles gastaram pra ajeitar duas ruas. Até hoje. Eu falei com ele lá na câmara, disse “e aí?”, ele disse que já tava tudo certo e até hoje. Nunca veio na minha casa, e nem ligar…

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