AMAZONAS: ATITUDES NAZIFASCISTAS E FALTA DE INVESTIMENTOS MÉDICO-HOSPITALAR LEVA PACIENTES E FAMILIARES AO DESESPERO
As cenas de desespero, corpos nos hospitais sem identificação, 376 profissionais de saúde afastados por conta do vírus levam o sistema de atendimento médico-hospitalar à exaustão.
A cena de ontem, num Serviço de Pronto Atendimento da capital deu demonstrações da situação. Um paciente a passar mal, com falta de ar, seus familiares buscavam atendimento mas se depararam com duas situações: falta de profissionais para atendê-los e lotação de internados.
A secretária de Saúde, Simone Papaiz, em declaração, disse que isso está acontecendo porque muitos profissionais estão afastados do trabalho, mas que o Estado está contratando 517 concursados do corpo de bombeiros dentre os quais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e assistentes sociais.
Além disso, as pessoas denunciam que o Hospital da Nilton Lins foi inaugurado, mas não está atendendo ninguém ainda. Quando funcionar terá 16 UTIs.
O evento Jair Messias Bolsonaro com sua atitude irresponsável de subestimar a doença, chamando de gripezinha, resfriadozinho, contribuiu e continua a contribuir para o aumento dos casos, pois, se fosse presidente da República, era o primeiro, como fez o presidente de Portugal a ter orientado o isolamento social e não ficar privilegiando a economia em detrimento da morte.
E sua atitude continua. Mesmo com a decisão do STF de dizer quem legisla nos Estados e Municípios são os governadores e prefeitos, ontem, sábado, na porta do Planalto quando aguardava pela carreata dos que lhe seguem, voltou a dizer que vai flexibilizar o retorno ao trabalho.
O Estado, quando a pandemia, aumentou, era para ter de imediato tomado decisões para evitar esse quadro que vivenciamos. Claro, que isso só seria possível, com governantes, comprometidos com a população. Nunca com esse que quer ver crianças, adolescentes retornando às escolas para serem contaminadas e contaminar, avós, pais, professores, pois para ele, 70% vão ser contaminados e que vai ter que morrer gente.
É com essa atitude que o nazifascismo, o descaso com a vida, com o cidadão que o evento Bolsonaro está matando milhares de compatriotas, dentre eles, no Estado do Amazonas, que teve no governador Wilson Lima seu cabo eleitoral.
Nas últimas 24 horas tivemos no Estado do Amazonas mais 88 casos de pessoas infectadas. Vinte pessoas morreram e há 1.897 contaminados. No total de óbitos, no Estado já são 217.
Manaus, a capital, nos dados oficiais aparecem 1.593 casos. Dos 61 municípios do Estado, 23 possuem 304 com o vírus.
Como mencionamos acima, são 376 profissionais infectados pelo convid-19, sendo 56 médicos, 69 enfermeiros e 154 técnicos de enfermagem.
Observa-se que o número de casos dentro das 24 horas está na média de 80 pessoas, isso torna o Estado do Amazonas, na região Norte, o primeiro com 55,53%, seguido do Pará com 18,74% e Amapá com 11,5%.
Os hospitais estão lotados, falta trabalhadores, os que estão atuando se encontram no limite físico e emocional. Os próximos dias serão difíceis e sombrios. O último recurso é ficar em casa. O senhor Wilson Lima prorrogou por mais 180 dias o Estado de Emergência.