XUXA TEM ORGASMOS ENTRE DUENDES E BAIXINHOS

O homem, em sua fantasia hedonista (do grego, prazer) sexual, sempre sentiu que não anda muito bem com essa coisa chamada de volúpia genital. Para tal, inventou mil estratagemas sensuais para ver se conseguia o tão cantado e decantado gozo confortante e reconfortante da matéria erótica.

Mas um dia apareceu um tal de Freud e afirmou que estava difícil a liberação orgástica tal a repressão moral imposta pela tirania patriarcal/judaica/cristã: negação da carne. Em outro dia, para piorar, apareceu um tal de Reich com uma teoria do orgasmo fundado em uma couraça muscular e mais a força cerceadora do capitalismo, que rouba o prazer do homem através da anulação de sua força de produção. O necessário para impossibilitar orgasmo. Nada de alívio sexual: não dá para gozar no pecado, e muito menos tendo sua força de produção alienada. A condenação da igreja e do capital. Ambos com um único objetivo: transformar o infortunado sexual em escravo produtivo para seus propósitos. Um, extra-terreno e, outro, exclusivamente econômico.

O certo é, ou errado, que tanto Freud, como Reich/Marx acreditaram que o orgasmo só é possível em alguém livre. Alguém em que as forças repressoras místicas/míticas e econômicas não interferem em sua saúde produtiva. Alguém cuja paranóia castradora dos pais, e ditos educadoras, não foram suficientemente eficazes a ponto de inibir o jogo erótico do orgasmo. Alguém que, como bem disse Reich, carrega a força da saúde realizada no trabalho e no amor.

OS ORGASMOS DA XUXA COM UM DUENDE EMBAIXO DA CAMA

Eis que a rainha dos baixinhos, no auge dos seus 46 anos, afirma em programa de televisão que já viu um duende embaixo de sua cama, ao mesmo tempo que confessa ter orgasmos múltiplos.

Os duendes são entes imaginários nascidos e provenientes das florestas européias, principalmente da Baviera, que habitam os contos de fadas. São entidades graciosas para as crianças brincarem com suas imaginações férteis. O que significa que os duendes nunca são atualizados pelo pensamento como entes reais. Jamais saem da fantasia do princípio do prazer freudiano. Como é gostoso brincar de roda!

Quanto ao orgasmo, como é um fator de matéria genética/biológica/genital, quase sempre é confundido, nas mulheres, com viração de olhinhos acompanhada de gritinhos nervosos e, no homem, com ereção e ejaculação. Nunca com o que realmente é: revolucionário. Daí porque muitos não o vivenciam e muitos tem dele o maior pavor, pois trata-se de fator da natureza e da ordem da turbulência. Da declinação e do choque no espaço do Clinamen.

Assim é que, em meio aos duendes e baixinhos, muitos pais afirmam que tiveram seus filhos no compromisso sagrado do amor. Ejaculou no período fértil da fêmea, ela engravidou, depois nasceu o filho sacramentado. Mas os duendes são da mulher e do homem produto fictício cultural. Da mesma forma que os programas de TV que assaltam o genético e o democrático das crianças.

Então lá vai Xuxa entre duendes, fadas, e baixinhos contando frêmitos de seus suspiros/fálicos orgásticos, sem nunca desconfiar que para ter orgasmo no capitalismo é preciso transformar João e Maria em seres reais que caminham nas superfícies tórridas dos asfaltos das urbes.

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