ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA PAUTA DO FSM AMAZÔNIA 2009
Engenheiros defendem projeto de desenvolvimento sustentável da Amazônia durante Fórum Social Mundial
Manifesto Cresce Brasil apresenta políticas de melhoria das condições de vida da população amazônica a partir do uso racional dos recursos naturais da região
Para debater sobre o desenvolvimento sustentável da Amazônia, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) participa, na próxima quinta-feira (29), do Fórum Social Mundial, em Belém (PA). Na pauta da mesa-redonda, “Engenharia e Desenvolvimento Sustentável”, os especialistas convidados pela entidade vão apresentar políticas de ciência e tecnologia focadas na conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos e o desenvolvimento social e econômico dos quase 20 milhões de habitantes da região. O tema faz parte do movimento “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, instituído pela FNE em 2006, que tem como premissa a inclusão social e a sustentabilidade.
De acordo com o manifesto, não há como pensar em desenvolvimento nacional, sem levar em conta a região amazônica. Participam do evento o professor de engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e autor do capítulo C&T do Manifesto Cresce Brasil, Marco Aurélio Cabral Pinto; o deputado federal e membro da Comissão Permanente de Meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Paulo Teixeira, e o secretario de Estado de Floresta do Acre, Carlos Ovídio Duarte.
A Amazônia é a maior fonte natural do mundo para produtos farmacêuticos e bioquímicos, além de possuir jazidas de minerais de metais nobres de variados tipos. Apesar dos números grandiosos quando se fala das riquezas da região, ela também abriga cidades nas quais 70% dos habitantes estão sujeitos ao desemprego, subemprego, criminalidade e outros problemas sociais.
Segundo o professor Marco Aurélio Cabral, a Amazônia ainda reclama por um projeto de desenvolvimento mais eficaz. “A economia atual da região está baseada na extração predatória dos recursos naturais, seguida pela substituição da floresta por extensas áreas de pastagem ou agricultura. Ao longo dos anos, esse modelo mostra-se impróprio”, explica.
O especialista defende um sistema de ciência e tecnologia amplo, fortalecido e descentralizado, baseado na criação de pólos de desenvolvimento em municípios estratégicos da região. “A ocupação da Amazônia se fez em surtos devastadores ligados à valorização momentânea de produtos nos mercados nacional e internacional, seguidos de longos períodos de estagnação”, explica. E alerta: “É fundamental que a expansão do sistema de ciência e tecnologia tenha desdobramentos no setor produtivo regional, ampliando substancialmente o relacionamento universidade-empresa, de forma a possibilitar às empresas locais inovação no processo produtivo”.
O QUE É O CRESCE BRASIL?
Lançado em 2006 pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), o movimento “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” surgiu como esforço de contribuir a um projeto nacional de desenvolvimento que tenha como premissa a inclusão social e a sustentabilidade. A idéia é defender o crescimento econômico com democracia, distribuição de renda, preservação ambiental e reorganização urbana. Desde a sua criação, o “Cresce Brasil ” já realizou vários encontros com mais de três mil profissionais em diversas cidades brasileiras para desenvolver idéias e analisar propostas voltadas à retomada do crescimento econômico e desenvolvimento do País.
Mesa – Redonda: “Engenharia e Desenvolvimento Sustentável”
Quando: quinta-feira (29.01)
Horário: 8h30 às 11h30
Local: UFPA – Básico (Rua Augusta Corrêa, 01 – Guamá – Pavilhão – EB Sala E4)
PARTICIPANTES: Marco Aurélio Cabral Pinto, professor de engenharia da UFF (universidade Federal Fluminense) e autor do capítulo de C, T&I do Manifesto Cresce Brasil + engenharia + Desenvolvimento”; Paulo Teixeira, deputado federal (PT/SP) e membro da comissão permanente de meio ambiente e desenvolvimento sustentável; Carlos Ovídio Duarte, secretário de Estado de Floresta do Acre e Roberto Palmieri, coordenador do programa de políticas públicas do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
Fonte: assessoria de imprensa Cresce Brasil – Milena Vasconcelos.
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