SE AMAZONINO NÃO ESTIVESSE CASSADO, QUAL SERIA O SEU SECRETARIADO?
Ainda, em pleno a campanha eleitoral, o candidato ao cargo de prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), maior representante atual da direita tradicional no estado do Amazonas, afirmou à um jornal local que se eleito fosse não governaria com amigos. Hoje, eleito prefeito, mas cassado em Primeira Instância pela ilustríssima juíza Maria Eunice Torres do Nascimento, acusado por compras de votos (com mais duas acusações), apresenta em sua posse um secretariado, segundo ele resultado dos percursos pós eleição, que vai de parentes íntimos (irmã e filha), passando por Jaith Chaves, Lino Chíxaro, José Pacífico Porfiro, até o eterno colegial Fabrício Lima, mascote do jornal A Critica, apoiadora de sua candidatura. Todos seus bons amigos.
A pergunta que quer calar, para não ser mais repetida, é: “Se Amazonino não estivesse cassado, seu secretariado seria o mesmo apresentado hoje, em sua nostálgica posse, replay melancólico da diplomação? Para calar de vez, saltam duas proposições quase kafkianas.
AS PROPOSIÇÕES QUASE
1 – Amazonino sabe que está cassado, o Tribunal Superior Eleitoral –TSE, só vai fechar a fatura para acabar com a fantasmagórica angústia, por isso escolheu esse secretariado com bons amigos, para ele, talvez, com talento suficiente para passar as férias pré-momesca. Assim, permitir ao ex-prefeito (?) Serafim férias descansadas e seguras, embora em sua volta tenha que arrumar outra vez a casa. Isto se for mesmo o escolhido para re-assumir o cargo de prefeito, já que foi o segundo mais votado. Caso vigore outra decisão judicial, no caso nova eleição, Amazonino terá cumprido o mesmo papel. Desta vez, assegurando as férias de Praciano (PT), Ricardo Bessa (PSOL) e Navarro, também seu amigo (PCB).
2 – O secretariado seria o mesmo, ou semelhante. Analisando suas alianças, seria igual. Amazonino não mudou sua forma de fazer eleição. Continua com o conceito de democracia tendo como substrato social os elementos místicos e míticos. O suporte antagônico do Politikus.
Além de quê, com quem do setor da gestão pública poderia contar como não-amigo? O deputado do PC do B, Eron Bezerra, seu inimigo bilioso, que teve atuação importante na Assembléia se opondo e denunciado as ações, de Amazonino como governador, que julgava contrárias aos interesses público, que se diga, com justiça, a única voz que não era calada por Amazonino? Não! Então, tem o ex-vice prefeito, Mário Frota, hoje, vereador, que se tomou sempre como seu inimigo. Esse, Mário, não. Não pelos mesmos motivos do deputado Eron. Dias passados, Mario, anunciou não ser inimigo de Amazonino. Com, Mário, agora, amigo, Amazonino não contaria.
PARA QUÊ FALAR?
Assim, pergunta calada. O secretariado seria igual. O conceito de amigo de Amazonino é muito diferente do filosófico que criou o conceito de democracia a sociedade dos amigos. O governo em que o povo tem que viver, viver unido em suas pluralidades e bem, em suas diferenças. O povo alegre (Bergson), sem privações (Toni Negri).
A não ser como exercício humorístico, não era necessário tecer essas conjecturais. Alias, como é bem notório, apesar do silêncio cúmplice da mídia manauara, Amazonino está cassado.