SEMINÁRIO DE JORNALISMO DE MERCADO AMAZÔNICO

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Começa hoje o 14º Seminário de Jornalismo da Amazônia promovido pela Rede Amazônica de Rádio e Televisão. Seria a possibilidade de um acontecimento acontecimento como altercações de signos-forças capazes de fazer emergia o novo, jornalismo disciplina cívica , se não fosse em realidade apenas a manutenção do feed-back do jornalismo de mercado apesar da propalada crise , propugnado como necessário por seus realizadores. “Novos paradigmas!” Quais?

A Rede Amazônica de Rádio e Televisão, embora pretendendo mostrar com seu Canal Amazon Sat, UHF/Cabo, uma programação preocupada com o desenvolvimento e sustentabilidade da Amazônia, mas que transmite em realidade uma programação mistificada de uma Amazônia glamourosa, onde a vegetação é misturada com vaidades de salão, é retransmissora da Rede Globo, a principal mídia de mercado do Brasil, e a maior força reacionária da comunicação com currículo exponencial em matéria de conspiração anti-democrática.

Sua moral conspiratória parte da defesa da ditadura militar (onde se fez com o capital americano) passa pela trama contra Brizola, exalta Collor, calunia Lula, se opõe ao impeachment de Collor, apóia Fernando Henrique, faz campanha contra Lula em sua primeira eleição, novamente trama contra Lula na reeleição, e continua em sua sina conspiradora. O que é notório para os que estão envolvidos a favor ou contra o jornalismo de mercado. Todavia, o que esse currículo toca no tal seminário da RART? É o óbvio, a presença constante dos funcionários amestrados da Rede Globo. Imaginem um jornalismo disciplina cívica, como pensa o jornalista-filósofo Romanet, com as presenças de Alexandre Garcia, Bonner-Simpson. Debochante. E mais, com a contribuição da Folha de São Paulo, também conspiradora, através de seu articulista Heitor Cony, entre outros que já abrilhantaram o evento patronal com suas cúmplices atuações. Quem sabe a Folha, contagiada, contribua com seu maior baluarte jornalístico: Clóvis Rossi. O isento jornalista de mercado.

A GARANTIA DO SUCESSO-CAPITAL

Por essas ilustrações de um jornalismo bem comprometido com a moral-capital, é certo o sucesso do evento. Principalmente para jornalistas e estudantes de comunicação que caçam certificados para aumentar seus currículos de mercado que os credenciem para trabalhar em qualquer empresa que pague apenas os registros de seus diplomas, e não talentos profissionais e princípios éticos que correspondam a uma atuação política comprometida com a cidadania. Fantasma que apavora os interesses de quase todos proprietários dos meios de comunicação de Manaus. Como também apavora o Decálogo escrito por Corpo-Santo mostrando as qualidades necessárias aos jornalistas e aos proprietários dos jornais, onde a Sexta Premissa diz: “Conservar sempre certa firmeza de caráter, brio e dignidades”; e a Nona Premissa: “Que tenha sempre diante dos olhos mais o interesse público que o particular, não vendendo por isso mesmo as colunas do seu jornal a miseráveis, ou malignos especuladores.” Para eles, uma troça. Que se pergunte ao Sindicato dos Jornalistas do Amazonas.

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