O IMPACTO DO BOICOTE OCIDENTAL À AGÊNCIA DA ONU PARA SOCORRO DA PALESTINA

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Eventual colapso da UNRWA por falta de dinheiro pode gerar efeito em cadeia em termos econômicos e políticos no Oriente Médio


Foto de TIMO via pexels.com

Diversos países europeus bloquearam o financiamento à agência da ONU (Organização das Nações Unidas) que socorre a Palestina, e um eventual colapso dessas operações pode gerar efeito em cadeia por todo o Oriente Médio.

Até o momento, 16 países que financiam a agência – como Estados Unidos, Alemanha e a União Europeia – suspenderam o financiamento à agência, que trabalha graças a doações voluntárias de estados que integram a ONU.

Todas as suspensões tiveram como base a investigação em torno das alegações de que 12 funcionários da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina) teriam participado dos ataques promovidos pelo Hamas no dia 07 de outubro.

Reportagem do site Deutsche Welle destaca que o impacto da falta de recursos da UNRWA não será sentido apenas na Palestina, mas também na região da Cisjordânia e em países como Líbano, Síria e Jordânia.

Colapso em março

Com a falta de recursos do Ocidente, acredita-se que a UNRWA vai começar a sentir o impacto da falta de dinheiro no final de março, o que vai afetar as operações em Gaza, Líbano, Síria, na Cisjordânia e na Jordânia.

Entre os serviços passíveis de colapso, estão as infraestruturas de socorro a refugiados palestinos no Líbano, que já tem passado por problemas econômicos. Assim, o acesso a educação, saúde e benefícios sociais para os necessitados seria interrompido.

Com isso, existe o temor de uma escalada de violência nas regiões afetadas, inclusive com a possibilidade de mais pessoas ingressando em gangues ou organizações militantes em busca de um salário para sobreviver.

Para manter suas atividades, a UNRWA abriu uma página em seu website para receber doações. Clique aqui para fazer sua contribuição.

Página da UNRWA pedindo doações para manter seu trabalho

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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