SEGUNDO WASSEF, ELE “INVESTIGAVA” QUEIROZ E ADRIANO DA NÓBREGA

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Em entrevista à Andreia Sadi, criminalista que defendia Flávio Bolsonaro disse que atuava de forma “plena”, “regular” e no “exercício da democracia”

Foto Reprodução

Jornal GGN – O advogado Frederick Wassef afirmou que estava “investigando o entorno” de Flávio Bolsonaro, no papel de defesa do senador investigado, e que, dessa forma, aproximou-se de Fabrício Queiroz. A tese de Wassef é que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) estaria cometendo uma “fraude” ao “linkar” e “amarrar” o caso Queiroz e de Adriano da Nóbrega, ex-PM morto em operação no início do ano, ao filho primogênito de Jair Bolsonaro.

Sem esclarecer se fazia referência a conceder abrigo a Fabrício Queiroz, o amigo e ex-advogado de Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à jornalista Andreia Sadi, no último sábado, e disse que, como advogado, “tem esse poder” de “investigar” e que irá “mostrar a verdade”.

“Você vai perceber, em várias entrevistas minhas ao longo desse ano que passou, eu falei de várias pessoas no entorno do Flávio, inclusive o famoso capitão Adriano da PM. E por que que eu sempre vou ao entorno de Flávio? Porque em uma investigação, ou em uma versão quando se conta, tudo está linkado”, introduziu.

Justificando, em continuação: “Olha, para eu defender os interesses do meu cliente, eu estou vendo que eles estão afirmando coisas que não existem ou estão linkando, linkando, amarrando outras coisas, com outros personagens, que o objetivo final disso é uma fraude pra incriminar o meu cliente eu vou sim investigar, todo esse advogado tem esse poder, tá no estatuto da OAB.”

Insistindo de que atuava de forma legal, Wassef afirmou que iria “atuar, investigar, querer saber tudo dos demais investigados e eu posso fazer tudo o que é permitido no estatuto da OAB no tocante às pessoas, fatos e circunstâncias. Isso é o pleno exercício da advocacia”. Antes de concluir que por ser advogado de Flávio Bolsonaro ele “virou alvo”.

Wassef tornou-se “alvo” das suspeitas por abrigar o investigado Fabrício Queiroz, em seu sítio em Atibaia, interior de São Paulo. Sadi então interrompeu: “Doutor, acho que o senhor deu uma informação importante aqui. Só pra eu enteder. O Adriano da Nóbrega, que morreu, o senhor acha que ele pode estar envolvido nessa ida do Queiroz para a casa do senhor?”.

“Não, eu não falei isso, Andréia. Eu não falei isso em momento algum”, retrucou. “Eu citei o Adriano e vou citar o Adriano de novo. Por que que eu citei o Adriano, Andréia? Porque a imprensa, o órgão acusador do Rio de Janeiro, todos, o tempo todo, querem fazer o casamento do Adriano com o Queiroz e com os Bolsonaros. Então eu no interesse de restabelecer a verdade real e defender o meu cliente. Eu tenho que, sim, falar do Queiroz, sim falar da família do Queiroz, sim falar do Adriano”, negou.

Ainda, na entrevista dada à Andreia Sadi, Wassef disse que na investigação que fez sobre o Adriano da Nóbrega, teria “várias informações” de que ele foi “sequestrado, torturado e assassinado”. E defendeu a inocência do ex-PM.

“A primeira farsa é do Adriano, para dizer que ele era miliciano e uma série de coisas aqui. Para que? Pra amarra-lo no Queiroz e depois amarrar os dois no Flávio. E depois amarrar numa série de teias, de fake news, ilações irresponsáveis. Então você percebe que essas circunstâncias me obrigam a sair do alvo apenas Flávio Bolsonaro e entender, estudar, tudo no entorno”, continuou.

Finalizando, novamente, que ele atuava de forma “plena”, “regular” e no “exercício da democracia”.

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