ECCE NOME: JUÍZA MARIA EUNICE TORRES NASCIMENTO
Não importa a razão — princípio racional — que motivou a sentença. Se as provas apresentadas pela Polícia Federal são visivelmente consistentes, sem nenhuma possibilidade de refutação; se é preciso colocar a Justiça Eleitoral em seu topos, em virtude da descrença pública quando se trata de personagens amparadas pelo poder econômico, o que vigora há anos no Brasil, no caso específico, no Amazonas; o que conta mesmo é que a juíza Maria Eunice Torres Nascimento, com a cassação dos candidatos Amazonino Mendes (PTB) à prefeitura e Carlos Sousa (PP), vice, inaugurou um novo tempo de práxis jurídica no estado do Amazonas. Como diria um poeta: “Tempos outros fluem tecendo o existir”.
Contam que Maria fez um curso de filosofia, mas nenhum curso faz ser comunidade. A UFAM já distribuiu vários diplomas no curso de filosofia, entretanto, não existem filósofos no Curso de Filosofia da UFAM. O que existem são funcionários públicos atentos às suas carreiras, arautos da aposentadoria. Assim, como alguns graduados no curso são cabos-eleitorais de Amazonino. Um chegou a compará-lo com Che. Por tal, sabe-se com o filósofo Nietzsche, e posteriormente com os filósofos Deleuze e Guattari, que ser filósofo é de outra ordem: da ordem de não ser filósofo. Eis que Maria escapou do direcionamento das doutrinas e dos sistemas filosóficos do curso, em si, História da Filosofia, ou Teologia, que confundem o ser filósofo, e, então, se fez filósofa interpretando a Lei, desdobrando-a em potência democrática como jurisprudência/filosófica, o movimento que escapa da rigidez legislativa condicionada pela necessidade da ocasião. Maria sabe que, se o jus nasceu em comunhão, não pode servir para desunião. Aí seu devir filosofante. Aí o reconhecimento do filósofo Marx: “Os filósofos não brotam da terra como cogumelos. Eles são frutos da sua época, de seu povo.” E Vandré diria para Maria: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” Tudo que Maria fez: interpretou sua época, compreendeu os anseios de seu povo, e não esperou acontecer — fez a hora.
Maria causa inveja. Seus contemporâneos de profissão devem está incomodados com sua atitude. No caso Henrique Oliveira, tiveram suas oportunidades, não a usaram. A inveja, diriam Freud, Shakespeare e o filósofo Gracian, é desejar o que é do outro como se fosse seu: “Ele me roubou o que não tenho e nunca terei.” Maria não roubou nada de ninguém, fez apenas brotar o que é de todos nós: a justiça. Não é uma heroína, é apenas uma filosofante. É fácil ser herói sem guerra. Quantos hoje não afirmam que foram perseguidos pela ditadura e nunca sequer pegaram um “chá de burro” (esfregar a parte inferior da mão, aberta, sobre o couro cabeludo do outro. Recurso muito usado pelo padre Fellinto nos meninos que freqüentavam o Oratório do Dom Bosco).
Maria, com sua posição nos leva a Cristo quando liberta almas individuais da alma coletiva tiranizada pelos sacerdotes judeus e o Império Romano. Cristo, no meio do povo, informam-lhe que sua mãe encontra-se ali. Ele responde que é filho de todas as mulheres. Maria Eunice Torres Nascimento se apresenta filha de todos os cidadãos: a democracia.
Não importa o que possa acontecer no desenrolar dos apriorísticos fatos jurídicos. O que importa é o que começou com essa Maria à priori.
As Marias, são as Marias, Maria, Mãe de Jesus, Maria da Penha, Maria Eunice Torres Nascimento e as milhares de Marias trabalhadoras. Mas
Maria Eu Nice está no Alto ela é Torres e as torres vislumbram a aurora e o anoitecer ela é vigilante e sendo vigilange ela vê o Nascimento, nascimento de uma nova ordem jurídica neste Estado há mais de 25 anos comandado por esses homens brutos, insensíveis, pois para eles governar é se dar bem, enquanto o povo sofre. Maria Eu Nice com sua flexa tomou uma decisão jamais tomada neste Estado, cassou a candidatura de uma pessoa ruim para o povo – uma pessoa que faz parte dos desmandos neste Estado. Que Viva as Marias, mais que a Juíza Maria Eunice viva muito, porque ela neste momento é a nossa Maria e como Maria ela é linda e linda ela produz vida e a vida constrói nossa existência. Manuel Pinheiro. Mutirão Amazonino Mendes/Manaus.
Amigo, |Manuel Pinheiro, além de seu Manuel ser o que anuncia o Bom, é pinheiro do canto das violas, do desbravamentos quereres alegres das sinfonias do existir.
Daí, então, que Manuel enuncia as Marias para além do individual,projetando-as em movimento libertador.
Manuel…Ah!como somos Marias.
Abraços Mariasóficos!
Notícias como esta de que uma juiza julgou um fato, de tal natureza, é de deixar os brasileiros com a esperança de ainda existe justiça neste país. Espero sinceramente que a justiça seja feita, pois se um candidato, para ganhar uma eleição, compra fotos não deixa de ser corupto. Parabéns Vossa Excelência.
fazem muitos anos que procuro por uma grande amiga de infancia. maria eunice saiu de cascavel no ceará para manaus.