PRIMEIRA NOTA – RÉ MAIOR – A prefeitura de Serafim fez, dentre outros, dois males a Manaus: primeiro, frustrou as espectativas de mudança que a população tinha quando o elegeu, se mostrando igual às outras e, segundo, dará oportunidade para que oportunistas de administrações anteriores iguais ou piores que a dele possam agora se apresentar com o discurso do marido arrependido: “sei que errei, peço outr chance”. Tudo o que não interessa à democracia. Esta semana este Bloguinho Intempestivo ouviu o passarinho cantar, sabe onde mas não dirá, que algumas secretarias estariam promovendo banquetes, festas e outros rega-bofes para funcionários públicos, na calada da hora do almoço ou jantar, onde candidatos a vereador apoiados pelo prefeito, principalmente ex-secretários, estariam discursando e “pedindo o apoio”. O detalhe além da propaganda antecipada e o uso dos recursos da prefeitura para o transporte dos funcionários-cabos eleitorais, é a coação alguns destes que, demonstrando aversão à sedução barrigal, se recusaram a participar. Houve até, segundo fontes intempestivas, quem tenha sido ameaçado de transferência ou mesmo recisão do contrato. No entanto, num destes almoços, ocorridos nas imediações do PAM da Codajás, alguém, não se sabe se a serviço dos outros candidatos ou da democracia (que no caso de Manaus, para tristeza da população, são excludentes entre si), fotografou carro da prefeitura carregando os funcionários. Por tal, os almoços e jantares estariam suspensos até segunda ordem, ou a poeira baixar. E agora, lombrigas?

SEGUNDA NOTA – DÓ MENOR – Ainda sobre a administração serafinesca, dizem que em Manaus a inflação mundial dos alimentos chegou de maneira um tanto diferente. É que enquanto nos outros lugares, a inflação corrói os salários, aumentando os preços dos produtos da cesta básica, em Manaus, ao menos na prefeitura, é a própria cesta básica que é corroída. Não sabemos quanto a prefeitura paga por unidade do famoso “rancho”, mas alguns beneficiados com a doação prefeitural nos últimos meses têm comentado a diminuição da mesma. Se antes a quantidade dos alimentos dava para o mês e ainda doar um saco de feijão e outro de arroz ao vizinho, agora, é o vizinho que tem que doar para que o beneficiado possa completar o seu almoço. O tal rancho teria diminuído tanto de tamanho, que na última remessa se resumiu a um saco de arroz, outro de feijão, dois de farinha, uma garrafa de óleo e um pacote de macarrão. Houve quem, ao receber o magro rancho, tenha perguntando quando viria o resto da cesta. Outro ou outra teria questionado se agora era uma cesta básica dividida para três famílias. Há quem aposte que, da próxima vez, venha só o santinho de algum candidato de ocasião com os dizeres: “vale uma cesta básica após as eleições”. Mas a maioria gostaria mesmo é de saber onde e de que forma se está sendo distribuída a parte do seu rancho que desapareceu. E agora, inflação prefeitural?

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