COLUNA VERTEBRAL
Se a Vertebral não analisou nada se realizou

# As investigações e os resultados apresentados pela Polícia Federal (também conhecida no governo Lula como Republicana) à opinião pública brasileira sobre a perversa apropriação do dinheiro público pelos acusados, prefeito de Coari, Adail, e seus comparsas composto de secretários, parlamentares, auxiliares, juízes, entre alguns outros, mostra duas faces reais. Uma, que a Polícia Federal tem cumprido o seu precípuo objetivo de justiça: atuar como instituição protetora do organismo do Estado, onde todas instâncias sociais devem agir com os interesses coletivos. Duas, certos personagens dos dois poderes legislativo e judiciário ainda tem do poder estatal o entendimento que é o caminho mais curto para se tornar poderoso pela representação que o dinheiro oferece. É claro que não precisa nem ser psicanalista como a Salô para se perceber o delírio de grandeza impulsionado por um forte sentimento de inferioridade, mesclado com a dor da inveja: “tu tens, porque também não posso ter!”. Em outra linguagem: medo por estar imobilizado em sua indiferença individualista. Aí a ilusão de que com dinheiro maior segurança. Ironia: a Polícia Republicana chegou e acabou com a segurança fantasiosa, mostrando o real.
O Cleoberto, lendo as notícias, atônito, perguntou: “Será que estes cara não sabem que os tempos são outros? E que qualquer indivíduo que em suas relações sociais apresente uma postura diferente da que lhe confere seus signos, principalmente econômico, é um evidente sinal a ser interpretado? Será que não sabem das novas tecnologias que a Polícia está usando? Só sendo muito estúpido!, tirou a peruca para tomar banho. A Deboá, gargalhando, psiquiatrizou: “Não está vendo que se trata de alucinação! O cara acredita na sua invisibilidade: ninguém vai vê-lo e ouvi-lo. Enquanto isso, a Polícia no real-social, só gravando e filmando os fantasmas alucinatórios deles”.
“E o pior, é que tem gente até do PCdoB!”, exclamou um indignado Fadel. “A maior parte dos partidos, e amigos de governantes. Esta eleição vai ser o bicho. O ‘Dizes-me com quem andas’ vai ser a bola-moral da vez”, sentenciou a Clio, empurrando uma macia. “E o barato é que tem gente de outros carnavais. De outras operações executadas pela PF. E tome delírio-monetário. “Estes meninos não aprendem!”, diriam nossos pais. “Não, é necessidade freudiana de ser punido. Auto-flagelação. O dinheiro não é uma religião?”, teceu suas flutuações a Doraty. “E estes humanos demasiados humanos, ofensa aos primatas, ainda usam os nomes Deus, democracia, ética, família, todos os termos que acreditam servir de escudos contra suas perversões”, sentenciou a Lauda, partindo em sua super-moto. Mas ainda em distância de ouvir a Salô: “Freud já dizia: a compulsão religiosa e a perversão são irmãs”.
Hein, Waldemar, ter que escrever sobre este doloroso tema em uma segundona TDPM — Transtorno Disfórico Pré Menstrual, dói, meu. Mas não dói muito porque informamos e, às vezes, até examinamos o produto da sordidez dita política desta terrinha que não está à mercê dos filhos que a entulham.
# Escrever sobre assunto bom. A Greta e a Marlene me perguntaram se eu ia escrever sobre a Primeira Conferência GLBT. Respondi que não, pois já estava tudo e mais algumas cores na coluna “O Mundo é Gay”, o mundo onde o jogo dos signos nas ondulações das aparências se deslocam como sedução das indistinções dos sexos, o poder incapturável do Mundo Gay. E aí, filósofa Filó? Aprendi e apreendi, o filósofo Baudrillard?
Cansei do Rock
Quero xote!
“Tem São João
Santo Antônio
E São Pedro,
Três estrelinhas
A brilhar no céu!”
(Papete)
Beijos e abraços Vertebrais!