*….:: CHAGÃOZINHO EUROCOPA! ::.….*
Θ E hoje foram os primeiros confrontos do grupo “C”, considerado o grupo da morte. Pelo primeiro jogo, continuou na linha das partidas de ontem e anteontem, inclusive inaugurando o primeiro empate sem gols. Uma França sem Zidane, sem Sartre, sem maio de 68, contra uma Romênia também morta, só podia ser 0 a 0. Morte mesmo só do bom futebol, das belas jogadas e da confluência cósmica que o futebol deve fazer passar.
Romênia 0 – 0 França
Θ Mas no segundo jogo do grupo, a parada foi diferente. Diante da tricampeão mundial, Itália, como sempre com uma equipe truncada e truculenta à lá Metarazzi, a Holanda se não foi uma laranja de outros suculentos jogos, ao menos foi um limãozinho suficiente para golear a pátria do preconceituoso Berlusconi, que veta a participação de negros no time. O veterano Del Piero tentou, mas conseguiu e Lucatoni, cara a cara com Van der Saar, foi mal das pernas e mandou por cima. Com um time envolvente nos toques e jogadores individualmente habilidosos, foi verdadeiramente o primeiro jogo da Euro 2008.
Holanda 3 – 0 Itália
Θ CHAGÃO PERGUNTA: Aqui a resposta da pergunta feita na quarta-feira passada. O apelido de pó de arroz ao Fluminense, além da versão passada pela imprensa esportiva, por ser um time de elite, esconde uma origem racista para a alcunha. Consta que no início da década de XX, um jogador negro, chamado Carlos Alberto, saiu do América para jogar nas laranjeiras. Na época era comum antes de começar um jogo, os jogadores saldarem a torcida nas laterais do campo e receber seus aplausos. O Flu era formado por uma equipe toda de jogadores brancos e a torcida era composta da mais alta estirpe alviloira. Sabendo que não seria bem visto, como negro, pela torcida, Carlos Alberto atacava no pó de arroz, na tentativa de esbranquiçar-se, o que lhe dava ao rosto uma cor acizentada. A torcida, percebendo, quando ele ia saldá-la, passou a gritar a expressão “pó de arroz”. Acabou que a alcunha colou e, metonimicamente, do jogador estendeu-se ao clube. Em tempos nos quais tanto se combate os preconceitos de todas as formas, histórias como a de Carlos Alberto devem ser conhecidas, para não serem repetidas.