Se a Vertebral não analisou nada se realizou

Coluna Vertebral

# Hoje não tem TDPM – Transtorno Disfórico Pré-Menstrual que me deprima. Ainda mais depois que cientistas descobriram que o sangue menstrual serve para tratar cardiopatias. Agora que quero agito. A escolha do Praciano para concorrer às eleições para prefeito de Manaus me lançou no turbilhão democrático. Saindo de um baixo astral auto-imposto, os rebeldes do PT a Afins, mostraram que um partido político constituído pelo desejo-povo não pode se dar a ignorância de escusar este desejo. O que seria a servilidade diante desta ignorância.

# Os supersticiosos dualistas dizem que a alegria de uns, tristeza de outros. Com superstição ou não, o certo é que a escolha do Praça estremeceu as certezas de velhos candidatos com pretensões prefeituráveis. Já que o quadro definido era este: o candidato DT: direita tradicional; os candidatos DD: direita da direita; e os candidatos ED: esquerda da direita (esquerda Oh, My Darling!). Agora com o Praça aparece o candidato E: Esquerda. Que tristeza estão sentindo. Faz parte, Romualdo!

# Aproveitando sua estada pela terra de Ajuricaba o Praça visitou seu antigo palco democrático: a Câmara do Vereadores. Lá abraçou e foi muito abraçado, principalmente por edis visivelmente da direitaça. Então saltaram em mim duas coceirentas interrogativas: Será que estes abraços e reconhecimentos efusivos são premonitórios? Será que esta gente já está procurando se garantir com Praça como novo prefeito. Se for, deste jeito a direitaça nos importa?

# Nas aulas que tive sobre Freud com a filósofa Filó aprendi que muitas vezes as pessoas dizem o que não querem dizer. Em meio a presença do Praça, o vereador Brás Silva, líder do prefeito, foi à tribuna e teceu elogios ao arigó. Disse que sua escolha como candidato do PT para prefeitura era vista como um grande acontecimento democrático. Chegou quase a dizer que ele seria o melhor candidato para Manaus, todavia ao terminar sua fala se revelou freudiano: “Praciano, nosso eterno vereador.”

# Então senti a coceira abaixo do ventre, seguida de uma gostosa satisfação política: “Praciano não é mais vereador, é deputado federal. Assim já escapou do ‘eterno’, então… o vereador Brás, latentemente, confessou dois desejos: um, ele próprio quer ser um eterno vereador, pois se ele afirma o eterno da instituição é porque estará sempre presente nesta instituição como vereador. Dois, ele quer que o Praça ganhe, mas não pode revelar publicamente, só através de desvios psíquicos. Como fazemos em sonhos. Walderlina , com Freud ou sem Freud, a direita já está trabalhando pró Praça.

# Brincando com a memória. Em abril do ano passado, quando este bloguinho intempestivo lançou a candidatura do Praça, um acessador destas nossas vias virtuais-inatuais-atuais-irreais-reais mandou um comentário meio que aceitando a candidatura do arigó, entretanto fazia uma observação: “Ele não tem experiência executiva”. Pois bem, amigo, a experiência é o percurso que uma pessoa faz quando está deixando um antigo estado de coisa para emergir em outro, mas como novo. O resto é só lembrança. Que tal esperarmos este percurso a ser feito, possivelmente, pelo arigó?

É xote, baioque, fox trote,

Muito frevo e muito rock.

Pois o que conta é nosso enfoque!

Beijos e abraços Vertebrais!

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