COLUNA VERTEBRAL 'extraordinária'

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Na folia da Bandinha do Outro Lado

Vem, vem brincar

Traz a tua animação

Pois é dia de alegria

Do corpo e da razão

No embalo da marchinha, hoje não tem TDPM – Transtorno Disfórico Pré-menstrual que me segure. Olha só como tô. Precisava ver quando a criançada chegou trazendo o riso e a alegria dos movimentos desconsertantes, liberando todas as potências do corpo e da alma na ludicidade de brincar o carnaval, ativando a Bandinha do Outro Lado, realização das crianças afinadas de Manaus e de todo canto do mundo numa carnavalização cósmica.

E que maravilha a bandinha da Bandinha do Outro Lado, improvisada por comunitários e contando com a participação das crianças, até parecia uma fanfarra ensaiada. As dissonâncias também fazem parte, e as marchinhas na ponta da língua, saltando no preenchimento do espaço-tempo, embalaram os passos e coreografias inventadas no espírito carnavalesco.


Entre as diversas atividades, houve o concurso da fabricação de fantasias com os olhos vendados, no qual na tateação dos objetos dispostos na mesa a criançada colocou no corpo a fantasia de tornar-se outro no espelho na liberdade e na folia devir-criança-carnaval.



Após, a mesa foi liberada para a meninada tomar de conta e se fantasiar com as tintas, roupas, brilhos, fitas, paetês, etc, com toda a inventividade na criação de personagens que tomaram conta do salão que explodiu fogo festejante de pular e sambar e brincar…


E houve ainda a escolha da Rainha da Bandinha e do Rei Mominho. Fugindo da estigmatização modelizante, a escolha foi feita democraticamente pelas crianças, que elegeram Rafaela e Poliana, pela graça e expressividade no gingado momesco.





Finalmente, depois de todo esse samba do dedão ao calcanhar, passando pela moleira da molecada, chegou a hora do mata-broca, com o auxílio da Panificadora Jander, que doou os pães, e depois aquele sorvete, contribuição da fábrica Sempre Frio, do Nelson Rocha, que sempre participa das atividades afinadas.

E assim, aquém e além da quarta-feira de cinzas, prossegue o carnaval contagiando corpo e alma de todos que deixam passar o desbloqueamento da alegria da folia afinada na comunalidade da Bandinha do Outro Lado.

Carnaval tão animado

Ninguém vai ficar parado

Com o toque da

Bandinha do Outro Lado

Hoje não cansei do rock

Mas quero mesmo é essa folia

E que o riso, o pulo, o canto,

O gesto livre desentoque…

Beijos e Abraços Carnavalizantes Vertebrais!

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