ISRAEL DEPORTOU GRETA THUNBERG R MAIS 170 ATIVISTAS DA FLOTILHA HUMANITÁRIA PAR GAZA

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Entre os detidos da flotilha Global Sumud, estavam 14 brasileiros. O Itamaraty confirmou que apenas um já foi deportado

 

Crédito: Reprodução/ Instagram

O governo de Israel anunciou, nesta segunda-feira (6), a deportação de 171 ativistas internacionais, incluindo a sueca Greta Thunberg, após a interceptação da flotilha Global Sumud, que se dirigia à Faixa de Gaza com o objetivo de fornecer ajuda humanitária. A flotilha, composta por 42 embarcações e mais de 450 ativistas de diversas nacionalidades, foi abordada por forças israelenses em águas internacionais no início de outubro.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou os participantes da flotilha como “provocadores” e afirmou que “todos os direitos legais dos participantes deste espetáculo de relações públicas foram e continuarão sendo plenamente respeitados“. No entanto, relatos de ativistas deportados indicam condições de detenção degradantes, incluindo agressões físicas, privação de sono e alimentação inadequada.

Apesar das deportações, cerca de 130 ativistas ainda permanecem sob custódia em Israel. O governo israelense afirmou que está trabalhando para concluir as deportações “o mais rápido possível“, embora algumas detenções tenham sido prolongadas devido à recusa dos ativistas em assinar documentos de deportação.

Condições de detenção e alegações de abusos

Ativistas que permaneceram sob custódia relataram tratamentos desumanos durante a detenção. Alguns foram forçados a dormir no chão e a assistir a vídeos de ataques realizados pelo Hamas em 2023.

A ativista Greta Thunberg, uma das figuras mais proeminentes da flotilha, foi alvo, com relatos de que soldados a forçaram a segurar bandeiras israelenses e tiraram selfies com ela.

Apesar das alegações de maus-tratos, o governo israelense negou as acusações, classificando-as como “mentiras descaradas“.

Situação dos ativistas brasileiros

Entre os detidos, estavam 14 brasileiros, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). O Itamaraty confirmou que apenas um já foi deportado, e ele deve chegar ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira à noite.

Os outros 13 brasileiros ainda presos receberam visita do governo brasileiro no centro de detenção de Ketziot, no deserto de Negev, o maior do país em termos de área territorial. Segundo fontes diplomáticas, todos estão em boas condições de saúde.

O governo brasileiro expressou preocupação com a situação e solicitou a liberação imediata dos cidadãos.

Repercussão internacional

A interceptação da flotilha e a detenção dos ativistas geraram condenações internacionais. O governo brasileiro denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, destacando a violação de direitos humanos e o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.

A flotilha Global Sumud tinha como objetivo chamar a atenção para a crise humanitária em Gaza, agravada pelo bloqueio israelense e pelo conflito com o Hamas. Enquanto isso, uma nova flotilha, composta por cerca de 250 pessoas, incluindo médicos e jornalistas, partiu da Turquia em direção a Gaza, com a missão de fornecer assistência humanitária e alertar a comunidade internacional para a situação na região.

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