LULA ACUSA ISRAEL DE VIOLAR LEIS INTERNACIONAIS E COBRA LIBERTAÇÃO DE BRASILEIROS

0
Sem-titulo-2

Apenas um brasileiro foi deportado; maior parte dos integrantes, incluindo 14 cidadãos brasileiros, seguem detidos

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou formalmente o Estado de Israel de violar o direito internacional ao interceptar, em águas internacionais, a Flotilha Global Sumud. A embarcação levava ativistas e defensores de direitos humanos, entre eles cidadãos brasileiros, em missão humanitária a Gaza.

Em publicação no X nesta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “uma situação absurda” a detenção dos ativistas em território israelense. Ele afirmou ter determinado ao Ministério das Relações Exteriores que utilize “todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes” e garanta o retorno em segurança dos brasileiros.

Um alerta à omissão dos governos

A coordenadora da delegação brasileira, Lara Souza, em entrevista ao TVGGN 20 Horas [assista abaixo], classificou a ação como “uma grave violação de direitos e um alerta à omissão dos governos diante do genocídio em Gaza”.

Lara Souza reforçou que a missão, cujo nome Sumud significa “resiliência” em árabe, visava expor o silêncio das potências mundiais. “A flotilha existe para mostrar que, enquanto os países não fazem sua parte, cidadãos comuns estão dispostos a se arriscar para denunciar e levar ajuda a um povo em genocídio. Estamos falando de uma mobilização gigante para pressionar os governos, que, se não estão fazendo o que deveriam, precisam fazer sua lição de casa pelo povo palestino e se mobilizar pelos seus cidadãos que estão lá, fazendo aquilo que eles já deveriam ter feito”.

Situação dos ativistas

A Marinha israelense interceptou a flotilha a menos de 100 milhas da costa de Gaza, em uma ação que juristas e organizações internacionais classificam como violação do direito marítimo internacional. O grupo, composto por cerca de 200 ativistas de mais de 40 países, entre eles a sueca Greta Thunberg e a deputada federal brasileira Luizianne Lins (PT-CE), levava comida e medicamentos à população desassistida em Gaza.

Israel iniciou, então, a deportação dos ativistas da Flotilha Global Sumud. Mais de 170 pessoas, entre elas Greta Thunberg, já foram repatriadas. O primeiro deportado da delegação brasileira, Nicolas Calabrese, deve desembarcar no Brasil nesta segunda-feira (6). Apesar disso, a maior parte dos integrantes, incluindo 14 cidadãos brasileiros, seguem detidos no centro de Ketziot, no deserto de Negev.

Assista, abaixo, à participação da coordenadora da delegação brasileira, Lara Souza:

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.