COISA DE BOLSONARO: QUER CONQUISTAR A JUVENTUDE DA ESQUERDA. ORA, SEU JOVEM ELEITOR É EPÍGONO: NASCEU DE CABELOS BRANCOS, COMO DIZ NIETZSCHE

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A designação de esquerda e direita que nasceu após a Revolução Francesa considerando posições em reunião governamental, onde quem sentava ao lado direito da nobreza era monarquista, conservador, de direita, e quem sentava ao lado esquerdo era republicano, progressista, já era. Não conta mais. Não conta para determinar consciências engajadas ou não.
A designação pós-moderna é uma questão de percepção-perspectiva, como afirma o filósofo Deleuze. Ser de esquerda é perceber distante, longe, fora, na periferia da sociedade, onde estão se movimentando potências. O que significa, olhar longe, além de si. O que confirma o filósofo Nietzsche: o o homem é o ser das distâncias. Sem distâncias ele é uma atrofia.
O contrário, é ser de direita. Aquele que tem o olhar estreito, escotomizado por olhar só em direção de si-mesmo. Olha inverso. Olhar cuja percepção não chega ao Outro que se encontra fora. Um olhar somente sobre o seu umbigo, como faz o burguês, o reacionário que pretende defender e manter seus privilégios conquistados de forma suspeita. Ser de direita é ser um insuportável em-si, como diz o filósofo Sartre. Uma pura ipseidade. Eu-Eu-Mesmo e nada mais. Assim, não tem distâncias. É pura atrofia.
Em sua verve truncada, Bolsonaro afirmou que pretende conquistar a juventude da esquerda: o impossível. A juventude esquerdista tem uma percepção potencializada pela práxis e poieses: é profundamente inquieta e criativa. Jamais votaria em um candidato modelo do que há de mais reacionário e petrificado politicamente. O jovem (jovem?) que vota nele é epígono: nasceu de cabelos brancos, como diz o filósofo Nietzsche. Os cabelos brancos dos reacionários, alienados, fetichizados, coisificados pela dogmática-dominante do sistema-capitalista-paranoico herdados de seus país e sua classe parasitária. É deprimido apresentando sintomas de desesperança, esgotamento e insensibilidade afetiva. Ausência visível dos Valores da Ética-Comunalidade.
Além de quê, como diz o atento curumim, Sararumá Olhar de Águia, o Datafolha já mostrou o que pensa a juventude sobre Bolsonaro. Ele só pode contar com seus epígonos.