PALMEIRAS VIVE URUCA-BOLSONARO: PERDE DO TIGRES MEXICANO

PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG EM SUA COLUNA ‘POR FORA DO FUTEBOL’.
O futebol é um esporte eminentemente infantil. Faz parte do mundo da criança, seja menina ou menino. É a ludicidade motriz-intelectual e ética da infância cuja presença se encontra mesmo nas sociedade primitivas, como no caso dos índios.
Em sua originalidade, não tem qualquer relação com as formas capitalísticas de entretenimento visto que é composto por partículas afetivas-cognitivas-pedagógicas. O que significa que faz parte do processo evolutivo da criança que depois, já adulta, se torna um exercício físico. Daí a máxima: futebol é bom para quem pratica como prática de saúde.
Todavia, algumas crianças não terminam essa fase, o que faz com que quando adultos se transformem em jogador profissional restringindo em si outros interesses sobre os segmentos sociais. Não carregam em si os corpos cognitivos necessários para o entendimento histórico do mundo. São os chamados cérebros-musculosos. A maioria deste jovens-adultos, tem no futebol a oportunidade de ganhar dinheiro, onde alguns ganham fortunas e outros míseros salários.
Nesta condição de limitados-cognitivos são importantes suportes para que outros seguimentos, saídos deste esporte, possam lucrar como absorventes da sociedade de consumo e promover, alimentar e manter a força dominante da comunicação de massa. Na linguagem do psiquiatra W. Reich, a manutenção da masturbação-social como forma de substituição do orgasmo. O caráter próprio de uma sociedade encouraçada. Estes aproveitadores-parasitas são os chamados cartolas, os complexos de mídias com seus profissionais amestrados que promovem o espetáculo na rede onde não há vida inteligente.
No Brasil, o futebol tem correspondência direta com personagens que transitam pelos chamados meios políticos partidários. O que leva alguns jogadores se identificarem com alguns desses personagens. Sabedor dessa abstracionista realidade, Bolsonaro tem feito de tudo para ganhar sua parte nesse jogo, embora perceba-se, claramente, que ele não tem qualquer intimidade com o mesmo. O que ele sabe mesmo é trocar de camisa, mudar de casaca, toda vez que pinta uma oportunidade de faturar junto com a incauta torcida. É a alienação procurando ganhos com a alienação.
Em seu último marketing-perna de pau, ele participou de uma lambança-futebolística promovida pelo Santos Futebol Clube. Time do apolítico Pelé. Uma forma de mostrar torcida pelo time praiano. O dito time foi decidir a Libertadores contra o Palmeiras, resulta-resultado, como diz o pedagogo-ator, Abdiel Moreno, perdeu. Hoje, vestiu a camisa do Palmeiras, que já havia dito ser seu time favorito, para torcer pelo time periquito no Mundial de Clubes, e não deu outra: a uruca se fez presente. O Palmeiras perdeu de 1 X 0 na primeira parte do torneio. Só não volta para casa agora, em vista de ter que disputar o terceiro e o quarto lugar.
O Palmeiras, em sua fileira de jogadores, tem um representante maior de Bolsonaro: Felipe Melo. Campeão de expulsão de campo e jogadas violentas. A derrota de hoje causa dupla dor nos jogadores bolsonaristas. Uma, perder para o Tigres, um time mexicano. Duas, o México tem um presidente verdadeiramente democrata que luta pela igualdade social de seu povo colocando-o como princípio de seu governo. Totalmente diferente de Bolsonaro de Felipe Melo.
Aos torcedores reais, engajados e cognitivamente lúcidos, que sabem o que é esporte, parabéns pelo campeonato e a participação de seu clube Palmeiras. Aos iludidos e alienados torcedores do Palmeiras, chorem e esbravejam na companhia do educadíssimo Felipe Melo & Companhia.
O Palmeira de hoje é o Mengão do ano 2019. E nem por isso baixou o preço do peixe e a pandemia acabou.