CANDIDATOS-GOLPISTAS AO GOVERNO DO AMAZONAS ESTÃO FAZENDO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS OBJETO DE EXPLORAÇÃO PARA SEDUZIR ELEITORES INCAUTOS

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Produção Afinsophia.

 Muito simples. 

 O reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cleinaldo de Almeida Costa, cujo cargo que ocupa lhe chegou por indicação e não por eleição direta realizada pela comunidade universitária, afirmou que a instituição encontra-se em colapso, e pode até fechar. Cleinaldo foi indicado pelo governador-cassado José Melo. Por sua vez, Melo chegou ao governo porque faz parte do grupo apolítico que há mais de 30 anos plantou o atraso no estado e que vem com representante ainda do período anterior da implantação da ditadura civil-militar que perdurou de 1964 a 1985, como foi o caso do ex-governador Gilberto Mestrinho que foi eleito o primeiro governador do Amazonas pós-ditadura.

  Gilberto Mestrinho fez o seu substituto Amazonino Mendes que fez seu substituto Eduardo Braga que fez seu substituto Omar Aziz que fez seu substituto Zé Melo. Lembra Drummond, mas não tem nada a ver com o excelso poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, a não ser a pedra no meio do caminho do estado do Amazonas.

    Como se observa, como diz o jornalista-filósofo Mino Carta, é tudo a mesma sopa. Agora, com Zé Melo cassado o grupo lançou seus candidatos, sendo que todos expressam a mesma subjetividade reacionária produzida pela imagem-dogmática do estado capitalista-paranoica, como dizem os filósofos Deleuze e Guattari. E mais, todos fizeram parte do golpe que assaltou o governo da presidenta Dilma Vana Rousseff eleita com mais de 54 milhões de votos democráticos. Quer dizer: todos fazem parte do golpe que colocou Temer no poder para entregar as riquezas do Brasil ao capital internacional, principalmente, ao norte-americano e destruir os direitos trabalhista como, também, as estruturas históricas da Previdência Social. Logo, todos são antidemocratas.

   Com a declaração de Cleinaldo, os golpistas aproveitaram para usar uma das regras ofensivas do capitalismo: a exploração. Amazonino Mendes, que se consider o pai da UEA, tomou para si o direito de defender a instituição diante do perigo. Disse que ao ser eleito vai tomar todas as providências para defender a instituição e elevar seu padrão que vem pedindo algumas mudanças necessárias. Por sua vez, Eduardo Braga também se tomou com o direito de defender a instituição. Afirmou que, como foi o sucessor de Amazonino, foi ele quem solidificou a instituição, aumentando o número de alunos de mil para vinte mil. Como se observa os dois avidamente querem aproveitar a declaração de Cleinaldo para faturar votos com os eleitores-incautos. Que democraticamente são os ignorantes-políticos (Brecht chama de Analfabetos Políticos). Há quem desconfie que tudo não passe de lance cabo-eleitoral. 

   Como se entente, os dois candidatos ao governo do estado estão se comportando da forma mais edipiana possível, diria Freud. Todos querem ser o pai da instituição e que ela só existe pela vontade deles. Esse tipo de posicionamento tem a clara intenção de levar os estudantes e os funcionário da instituição a acreditar que eles serão os governantes que defenderão seus direitos. Eles esquecem que a instituição é pública e não pertence nem a Amazonino e a Eduardo Braga. Pertence ao povo amazonense com corpos administrativos estabelecidos pelo estado, e que, por sua vez, é produção desse povo, como diz o filósofo Hegel.

    Nenhum sujeito individualmente pode criar uma instituição. Como diz o filósofo Deleuze, em um belo texto, as instituições foram se compondo historicamente através dos encadeamentos que os corpos dos instintos humanos foram produzindo. Só depois que as instituições foram capturadas pelos agenciamentos coletivos de enunciação da imagem-dogmática do estado capitalista-paranoico que elas se transformaram em aparelhos ideológicos, aí já estamos tratando de Marx e Engels. 

   Embora a UEA não tenha sido produzida pelos agenciamentos coletivos-livres das potências comunalidade como foi a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), todavia, ela é uma instituição-publica que não reflete o narcisismo de Amazonino que tanto quer que ela fique ligada a ela. Assim, como também Eduardo Braga. Psicanaliticamente sintoma de apropriação-desapropriação. Na linguagem povo: meu pirão-querido. 

     A UEA é um território onde seus agentes produzem, através de suas sensibilidades, cognições e éticas, saberes e dizeres que compõem com os saberes e dizeres da camunalidade novas formas de existências. Corpos que nem Amazonino e nem Eduardo Braga jamais produziram no Amazonas. Os trinta anos de atraso no Amazonas confirmam a a inexistência desses corpos. 

     No mais (ou no menos), aquele que for eleito tem obrigação administrativa de dispor de recursos para o funcionamento da UEA. E mais ainda, se o eleito for um candidato com programa popular em que o povo seja o sujeito-ativo de sua existência política-econômica-social-estética. 

    

  

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