PAOLA BRACHO E A POTÊNCIA ALIADA ATUANTE

O caso da querida Paola Bracho (Alex) deu o que falar! Manifestos do mundo inteiro aplaudiram a atuação dos estudantes da Escola Estadual Cleomenes do Carmo Chaves. Neste bloguinho e na comunidade “Homofobia – Já Era”, do Orkut, houve concordância com a atitude dos estudantes, incentivos à continuidade da ação no MP, e até quem quisesse assinar o manifesto!

Para quem tinha dúvidas sobre como é a nossa querida Paola, aí vai a foto dela, em pose alegre, com a sua amiga inseparável, a linda Késsia. Paola, como quase todos os homoeróticos, carrega a alegria do existir, e, ao mesmo tempo em que afasta aqueles cujo humor (=disposição para o existir ativo) é reativo, aglutina ao seu redor pessoas leves, que não carregam o ressentimento de uma sociedade discriminatória.

No meio de seus amigos, Paola afirma que ficou muito feliz com a atitude dos colegas, e que se sente querida e participante da comunidade estudantil.

Amigo de Paola, o estudante Phablo, seminarista atuante, segundo ele mesmo, na linha do ex-papa João Paulo II, falou a esta colunéeeesima sobre o caso da discriminação contra Paola, que ultrapassa a individualidade dela ou mesmo a institucionalidade da escola, e se inscreve como um embate social de duas subjetividades: uma, decadente, segregadora e laminadora. A outra, diversa, alegre e produtora ético-estética de outros modos de existir.

A turma da Paola. À direita, sentado, Phablo.
A turma da Paola. À direita, sentado, Phablo.

O que aconteceu foi, no meu entender e dos outros colegas, foi que a professora Rai, que também faz o papel de pedagoga no turno noturno, tentou exagerar o poder dela, tentando agredir o aluno Alex de várias formas, tanto religiosamente falando quanto afetando a própria Constituição Brasileira em vários pontos. A atitude nossa, eu vejo que é plausível, tanto que todos os professores, nas assinaturas dos alunos, todos pretendiam ir adiante se a professora continuasse. A nossa briga não é pessoal, é pelos direitos de todos, garantidos pela Constituição. Nós já demos entrada no Ministério Público, denunciando a coação da professora contra o rapaz. Como está em trâmite, a gente vai aguardar; se demorar mais de quinze dias para vir alguma resposta, a gente vai atrás novamente do Ministério Público. A gente vê que não é um caso isolado. Isso já ocorreu em outras escolas. Isso só vai parar se a gente tomar uma atitude de verdade. Nós não estamos brigando contra a pessoa dessa professora, mas contra os pensamentos dela, que não podem ser refletidos dentro da nossa escola, porque isso aqui é um órgão público. É aberta ao público e faz parte de uma sociedade livre, que é o Brasil.

É a moçada da comunidade gay de Manaus botando um quente e dois fervendo contra a homofobia!

Ui! E agora vamos ver outros sopros gayzísticos (ou não) que passaram no nosso Mundico!

Φ NOME SOCIAL É NO PRONTUÁRIO DO SUS. A edição anterior desta colunéeeeeeesima deixou uma dúvida nos leitores intempestivos sobre a questão do uso do nome social. Segundo um levantamento feito pela coluna, até o momento, somente na rede do SUS é possível o uso legal do nome social. Caso a nossa queridíssima Paola Bracho queira usar seu nome, escolhido com todo o amor por ela mesma, no seu prontuário do posto de saúde que ela frequenta, por lei, ela pode. Em outros lugares, o nome obrigatoriamente usado deve ser o da certidão de nascimento. Mas o que interessa ao mundo gay não é a designação de um nome, o gênero que ele carrega, mas as distensões e vibrações que ele produz. Bush, por exemplo, não tem nome, mas apenas a designação de uma família decadentista, produto da subjetividade do Capital. Já a querida Paola, mesmo sem saber ou querer, já é uma singularidade, por ter aglutinado uma movimentação intensiva de comunalidade, enfraquecendo a força institucional segregadora e discriminatória. Sacou, Frankernilda? Sentiu a brisa, Neném?

Φ LIZ TAYLOR, ATIVISTA DO MUNDO GAY, NÃO MORREU!!! Há pouco mais de um mês, funestos jornalistas fúnebres, que se alimentam da morte alheia, sem saber que a morte só interessa aos vivos, noticiaram que Elizabeth Taylor estava pulando o muro, puxando o carro, numa cama de hospital. Mas no Mundo Gay, meu bem, a morte é apenas um boato da vida, já sabiam os beatniks. Enquanto os cadavéricos repórteres esperavam o boletim médico com o obituário já pronto para publicação, Lady Liz se recuperava e saía de fininho, para não ser incomodada, e caía na gandaia do nightclubbing gay hollywoodiano! A informação é da revista eletrônica Mix Brasil. A Rosinalva, que é fanzoca da Liz, manda avisar que a atriz precoce (começou aos 10 anos de idade), amiga de Michael Jackson, dos atores galãs (e gays) Rock Hudson e Montgomery Cliff, casada oito vezes, incluindo o hard rocker casório com o talentoso e bonitão Richard Burton, que foi destaque nos antológicos Cleópatra, Os Farsantes e A Megera Domada, foi também uma das primeiras estrelas de cinema a se engajar na luta contra a AIDS. Ainda nos anos 1980, já organizava eventos filantrópicos para auxiliar as fundações de apoio aos soropositivos. Tudo isso emoldurado em hipnóticos olhos azuis e belíssimas e sexies sobrancelhas negras. Como diriam alguns hollywoodianos: all this and brains too. A gente sabemos, Rosi, e sentimos a proximidade aliada da querida Elisabeth, pulsante de vida do alto dos seus 76 aninhos, uma diabetes, um tumor no cérebro, e a certeza de que é necessária ao mundo. Sentiu a brisa, Neném?

Φ DAVID BOWIE FEZ DISCO MAIS GAY DA HISTÓRIA. Os ingleses têm verdadeira compulsão por listas. Sintoma da necessidade patológica de identificar, discriminar, classificar e rotular da máquina imobilizadora do capital. Mas quando se trata de gerar lucro, as listas inglesas animam o mercado, e todos os dias saem zil listas dos “10 More”, tantas que daria para fazer “as 100 listas mais esdrúxulas das listas inglesas”. Uma das que mais rodou o mundo pelas linhas da rede internética foi a dos dez discos mais gays da história. Segundo a revista Out, foram ouvidos 100 pessoas ligadas à música, cinema e crítica musical, e envolvidas de alguma maneira com a temática gay, e eles elegeram em primeiro lugar o disco “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, de David Bowie. O disco é de 1972, e marca o surgimento de Bowie para o rock e a pop music. Dizem que ele simplesmente mudou o compasso do rockabilly e do blues para fazer uma batida de rock “à inglesa” e influenciar quase tudo o que se fez na Inglaterra e EUA em matéria de rock depois dele. Ao menos no aspecto “circense” e midiático, Bowie é pioneiro. Seu personagem, Ziggy Stardust, era andrógino, e são inúmeras as estórias de aventuras homoeróticas de Bowie mundo afora. Reza a lenda que a mulher de Mick Jagger, dos Rolling Stones, teria encontrado seu marido na cama com Bowie, e isto teria dado origem à separação do casal. Jagger e a esposa, claro. De qualquer sorte, para quem curte o velho roquenrol, vai aí um link para baixar o disco. Sentiu a brisa, Neném?

Beijucas, até a próxima, e lembrem-se, menin@s:

FAÇA O MUNDO GAY!

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