FHC, no congresso do PSDB:

“Aqui [no PSDB] há acadêmicos, e não temos vergonha disso. […] Faremos o possível e o impossível para que saibam falar bem a nossa língua. É por isso que em Minas Gerais o ensino passou para nove anos, e não quatro. Queremos brasileiros bem-educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria.”

Ю FHC demonstrou o quanto quer brasileiros bem educados nos oito anos em que governou. Desfilou ministros da educação subservientes, como Paulo Renato, o ministro das universidades particulares, muitas delas com curso recentemente fechados pela falta de qualidade.  Paulo Renato, a título do que FHC pensa da boa educação, é boníssimo: sempre que vai escrever alguma coisa na Folha ou Estadão, pede aprovação prévia por emeio aos banqueiros, empresários e donos de jornal.

Ю Vítima da linguagem palavra-de-ordem, FHC nem sonha que o enredo montado para sua fala no congresso do PSDB não chega sequer a ser contraditório. Quer deixar de ser ‘elite’ (nunca o foi, mas pensa ser), mas carrega e segrega o ‘Bom’, do bom burguês, que fala bem, come bem e é o primor de educação, orgulho da mamãe. FHC, sociólogo, sem o saber, afirma Nietzsche: “O Bom e o Decadente andam juntos”. Ou como diria sua neta, Júlia: “Como é que ele diz essas barbaridades…”.

Outros ‘primores’ de erudição do ex-presidente*:

“No meu governo, universalizamos o acesso à escola, mas pra quê? O que se ensina ali é um desastre”.

“Essa coisa de comer com as mãos, eu não sei fazer isso. E eles gostam de conversar enquanto comem sanduíche. Eu digo não: ou eu falo, ou eu como”

“Ele perdeu pontos quando decidiu ser sensato. A sensatez não apaixona. Lula não quebra, Chávez quebra. Esse pessoal de esquerda gosta dos nietzschianos. Lula é cartesiano — a seu modo, pelo menos. Está sempre do lado do senso comum.”

‘Ruth, a essa altura do campeonato, eu não preciso de glórias. Preciso é de dinheiro’.

“Não é esquerda, é populismo: o líder falando diretamente com as massas, sem o intermédio das instituições”

“A Ruth tinha essa educação comunista com os filhos, essa história de dividir tudo, inclusive a comida boa que de vez em quando eu trazia pra casa. Depois de um tempo, passei a lamber o chocolate na frente deles, pra ninguém meter a mão.”

“Em restaurantes de Buenos Aires eu sou aplaudido quando entro. É que eu traí os interesses da pátria, então lá eles me adoram”.

 

* frases retiradas da matéria publicada na revista Piauí.

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