BRECHT: 10/2/1898-14/8/1956 – “NÃO NECESSITO DE PEDRA TUMULAR”

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Bertolt Brecht, é um homem extemporâneo ou de todas contemporaneidades enquanto houver o capitalismo predador!
Brecht, é um marxista que fez de sua Estética a Práxis e a Poiese, Potência-Revolucionária para Libertação do Homem dos grilhões fundidos pela força-reativa do capitalismo que mata lentamente o Trabalhador, auxiliado pela alienação-mistificada de uma sociedade miseravelmente infeliz.
Brecht, é poeta, crítico de arte, cinegrafista, articulista, romancista, dramaturgo, militante, mas é o teatro, em função de seu Devir-Político-Social, que ele mais, diretamente, atua junto com o Povo. É pelo teatro que ele propaga sua Semiótica-Estética-Política como formação de um Outro Mundo, onde todas as formas de valores-miseráveis não possam existir. Como diz o filósofo francês, Sartre, quando acontece O HOMEM PONTO FINAL!
No seu Teatro Dialético, com seu Método de Distanciamento, encenado como Humor Destruidor-Construidor, sentido no questionamento, Qual a diferença em assaltar um banco e fundar um banco?, não há lugar para a vaidade burguesa que procura reconhecimento e fama com intenção de se sentir importante e respeitado impulsionado pelo psicodelismo do glamour dos que afirmam, “Primeira a Barriga Depois a Moral”, o sentido-geral da burguesia, como muitos que se dizem artistas de teatro e teatrólogos, praticam dominados por seus sentimentos de impotência. Em Brecht, não há lugar para o medo da Vida-Coletiva o que todo vaidoso teme. O que ele pôde praticar mesmo perseguido pelo nazifascismo.
Como Homem-Esteticamente engajado, em que o teatro é um Instrumento de Criação-Coletiva-Política-Terapêutica, e não para embalar ambições-pessoais-narcisistas, como muitos fálicos-artistas fazem sem saberem que onde predomina a vaidade, a necessidade de reconhecimento-burguês, não há teatro, Brecht escreveu o Poema Não Necessito de Pedra Tumular.
“Não necessito de pedra tumular, mas
Se necessitarem de uma para mim
Gostaria que nela estivesse:
Ele fez sugestões
Nós as aceitamos.
Por uma tal inscrição
Estaríamos todos honrados”.
Berlim, 14 de agosto de 1956.