LUIS NASSIF: A BANALIZAÇÃO DAS ANÁLISES SOBRE A POSIÇÃO DE LULA NAS ELEIÇÕES DA VENEZUELA

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Lula agiu como deve agir um mediador. Não condenou antecipadamente a eleição, não validou a eleição, e pediu as atas de votação

É impressionante como a guerra cultural da ultradireita avacalhou todo o processo de análise da mídia. Consistiu em banalizar todos os rituais jurídicos, diplomáticos, sociais. Quando Milei sapateia nas instituições, ou Bolsonaro tentava dar dimensão de briga de bar nos confrontos com outros poderes, o que se queria era a desmoralização de todos os rituais que caracterizam a democracia. 

O efeito se vê agora, nesse oceano de pataquadas – à esquerda, à direita e, especialmente, na mídia – sobre a posição de Lula em relação a Venezuela. O que tem de colunista, militante, editorial, condenando Lula, simplesmente por ter se recusado a botar lenha na fogueira. Tratam uma questão diplomática sensível com o mesmo senso de quem aprecia uma briga de bar. É impressionante a banalização da análise, especialmente em temas de geopolítica. Não fica nada a dever a uma discussão entre torcidas de futebol.

Lula agiu como deve agir um mediador. Não condenou antecipadamente a eleição, não validou a eleição, e pediu as atas de votação, como prova de que houve ou não manipulação. 

Simples assim, quando se trata das relações com outro país, e se sabe da relevância do Brasil para manter o equilíbrio no continente. 

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