FAMÍLIA BOLSONARO USA OPERAÇÃO DA PF PARA MOVIMENTAR SEGUIDORES E PROMOVER CURSO

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Carlos gravou vídeo da casa, Jair Bolsonaro falou em “perseguição” e Michelle chamou PF de polícia nazista


Foto: Reprodução/Redes Sociais

Logo na manhã desta terça (30), o alvo da Operação de uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins pessoais e de forma ilegal, Carlos Bolsonaro, gravou um vídeo de sua residência, no Rio: “Cheguei há pouco em casa com muitas coisas reviradas e largadas abertas. Aos poucos reorganizando tudo”, disse.

Carlos entrou para a mira das investigações quando ainda atuava a favor do pai, na eleição de 2018, utilizando Fake News. No atual inquérito, em uma mensagem de 2020, a assessora de Carlos pedia a uma assessora de Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, informações sobre o ex-presidente e os filhos.

A casa de Carlos no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis, além do seu gabinete na Câmara Municipal e seu escritório político, foram alvos de buscas e apreensões nesta segunda.

Michelle Bolsonaro se concentrou na retórica de “desmentir Fake News”, afirmando que os Bolsonaro não se esconderam ou fugiram da ação da PF e mostrou um vídeo de Jair Bolsonaro, Carlos e Eduardo na casa de Angra dos Reis. Michelle chegou a comparar a PF com a polícia nazista, ao chamar de “Operação da Gestapo de hoje”.

Já o ex-presidente, Jair Bolsonaro, disse que a ação contra Carlos era uma “perseguição implacável”, que tinha como “objetivo esculhachar”. Em ataque ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, disse que “esperavam pegar todos os filhos juntos e fazer um grande evento para a imprensa”.

A família ainda aproveitou, na noite desta segunda (29), para angariar clientes para um curso sobre valores conservadores que a família está lançando.

“Como você deve saber, hoje aconteceu mais um ato de perseguição, através de uma busca e apreensão na casa do presidente Jair Bolsonaro, tendo como alvo o vereador Carlos”, anunciava, em email, a plataforma Ação Conservadora, que lançará o curso.

“Para que essa missão seja bem-sucedida, queremos contar com você para nos ajudar e se mobilizar em sua cidade”, continuou. O curso conservador da família custa R$ 297,90 por pessoa.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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