EMÍLIO ODEBRECHT CONTA BASTIDORES DE COMO A LAVA JATO DESTRUIR SUA EMPREITEIRA EM LIVRO
Fernando Morais, autor de “Chatô, o Rei do Brasil”, “Olga” e biógrafo do presidente Lula, escreve a orelha da obra
O mercado editorial está agitado com a edição de um livro de memórias que promete ser revelador. O empresário Emílio Odebrecht, de 78 anos, lança, na primeira semana de maio, a obra em que ele conta bastidores de como a Operação Lava Jato tentou destruir sua empreiteira.
O próprio título – “Uma Guerra contra o Brasil – como a Lava Jato agrediu a soberania nacional, enfraqueceu a indústria pesada brasileira e tentou destruir o Grupo Odebrecht” – já dá uma prévia do que o livro promete dizer.
A orelha do livro, que sai pela Topbooks, é assinada pelo escritor e biógrafo Fernando Morais, autor, entre outros, de “Chatô, o Rei do Brasil”, “Olga” e, recentemente, “Lula: biografia”.
A construtora Odebrecht, hoje Novonor, foi fundada há quase 80 anos pelo pernambucano Norberto Odebrecht, pai de Emílio. Em pouco tempo, transformou-se em um dos maiores e mais sólidos grupos empresariais do Brasil, atuando em mais de 20 países.
O lançamento do livro de Emílio acontece em meio a iniciativas para colocar em suspeição acordos de leniência efetuados por empresas alvos da Lava Jato.
Partidos querem que pagamentos de acordos sejam suspensos
Partidos como PSOL, PCdoB e Solidariedade ingressaram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que os pagamentos decorrentes dos acordos sejam suspensos. A alegação é que “os acordos foram pactuados em situação de extrema anormalidade político-jurídico-institucional, mediante situação de coação”.
Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, ficou preso por 2 anos e 5 meses em Curitiba. Ele confessou, em depoimento, que a construtora fazia pagamento de propina para políticos.