O MAIS REJEITADO NA DISPUTA ELEITORAL – QUASE UM ANÁTEMA -, BOLSONARO SENTE SEUS IGUAIS SE AFASTANDO COM MEDO DE NÃO SEREM REELEITOS OU ELEITOS

PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG
Como diz o sobralense, Belchior: “Agora, ficou fácil, todo mundo compreende….”.
Bolsonaro foi eleito presidente, mesmo sendo o que é, pela força da mentira conhecida no inglês como fake news, mas é o mesmo significado: desrealização do real. Pavor do princípio de realidade. Ou melhor: o real que incomoda o ego sem mecanismo de defesa para ser atuante em si mesmo. Ou como diz o filósofo Sartre: inautenticidade existencial. Malogro ontológico. Ou, para os psicanalistas: insignificância do ego.
Kit Gay, mamadeira de piroca, ofensa imoral, impropérios, deturpação ideológica, anticomunismo comedor de criancinha e assassinos de velhinhos e velhinhas, a força do maligno, a representação do mal diabólico e etcs e etcs. Enunciações imprescindíveis para excitar o niilismo dos inautênticos ontológicos. Os que têm pavor da vida: os fracos e escravos do ressentimento, da má consciência e do ideal ascético. Os reativos os que dizem sempre Não à Vida. A subjetividade produzida pelos sujeitos-sujeitados representantes da imagem do pensamento-dogmático do sistema-capitalista/capitalístico-paranoico.
Todos representantes engajados do misticismo, miticismo, fetichismo e da alienação em forma de culto ao sobrenatural, culto à inveja e ao lucro exacerbado como nutriente vampiresco necessário para anemizar a Vida-Pulsante como Querer-Criativo e Vontade-Alegria. Exultantes, realizaram o quadro fantasioso acreditando que ao transferirem-projetivamente seus egos em Bolsonaro, conseguiriam, também, a respeitabilidade que o cargo outorgado ao representante simbólico de seus mecanismos de defesa-psíquica precisavam para se sentirem existindo. Malogro total, já que a realidade é produzida pela vivência direta que o sujeito-histórico experimenta com a matéria-real em sua concretitude-objetiva. O real não é a projeção da subjetividade como acreditam os hegelianos-sobrenaturais.
Neste quadro anti-vital, niilismo-coletivo, alguns foram eleitos governadores, senadores, deputados estaduais e federais. Agora, a exultação arrefeceu. Como diz, Belchior: “Agora ficou fácil…”. Bolsonaro se mostrou o que sempre foi: um alguém sem qualquer predicado, pressuposto, categoria existencialmente-política para ser presidente do Brasil. O que se tem é um terrível e doloroso desgoverno que adoeceu todos os quadrantes sociais. A negação da Saúde-Política produtora de Democracia. Descaso com a pandemia, a negação da vacina, desemprego, descaso com as populações que sofreram desastres ambientais, aumentos dos combustíveis, entre outras violências que atingem os brasileiros em seus direitos e dignidades.
A outrora enxurrada de votos não existe mais. Poucos votarão em candidatos apoiados por ele. Poucos, porque existem os inalteráveis, os perenes que não mudam, os bem adestrados niilisticamente. Conhecidos como extrema-direita ou nazifascistas. Já se observa, com clareza, muitos dos seus iguais se afastando dele, trocando de partidos para se posicionarem distante dele. Como se dissessem: “Eu não tenho a ver com Bolsonaro. Aquilo foi um acidente de percurso. Deus já me concedeu perdão”.
E pior, para eles, e melhor para a democracia, existe Lula, na parda. Este ajuda a eleger quem se aproximar dele. Não como anti-vida, mas como exaltação-vital de ter nascido e feito de sua existência um singular engajamento à alegria-coletiva, onde a força-maior é fazer bons encontros, occurso, como diz o filósofo Spinoza, como modus de aumentar a potência de agir. O Devir dos bons afetos que não compõem com os maus afetos que nasce do ódio.
Como é do conhecimento até das pedras que criam lodo, porque não rolam, a Democracia é a Potência Transmutante produzido pelos bons encontros-coletivos constitutivos dos bons afetos das mulheres e dos homens livres. Afetos que os niilistas não são traspassados, já que só transpiram a ficção-sobrenatural, o ódio, a cobiça exacerbada e a inveja paralisante.
Com eles, nada de Vida, na de Liberdade, só culto compulsivo à pulsão de morte.