E POR FALAR EM MINISTRO DA EDUCAÇÃO DE BOLSONARO, PEDOFILIA NÃO É SÓ ABUSAR SEXUALMENTE DE CRIANÇA, MAS LHE CAUSAR QUALQUER TIPO DE DOR

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

Sem qualquer delonga e qualquer tergiversação.

A palavra pedagogia é composta de dois radicais gregos. Paidos que tem a significação de Criança, e do outro radical agoge, cuja significação política direciona para o entendimento Cuidar. Cuidar é cultivar, guardar. Amar como necessidade do Existir.

No contexto do movimento-deviriano, pedagogia é um processual da práxis e da poiesis que proporciona à criança seu desenvolvimento físico, mental, social, político, antropológico, religioso, estético e ético cujo objetivo maior é torná-la cidadã. Uma cidadania que lhe confere uma existência atuante como produtora direta da democracia.

Todavia, a pedagogia não se resume a este claro e humano significado-educacional. A a pedagogia é também, em seu sentido mais engajado e relevante, tida como criadora de vida, pedofilia. Um termo composto pelo paidos e pelo filia. Filia que significa amor. Amor pelas crianças. E como o amor é um movimento criativo de novas formas de existir em alegria, felicidade, diante da dominação da morte, pedofilia carrega em si a potência da crianção libertária da criança. Nada a ver com abuso sexual da criança.  

Porém, quis a moral-sexual-capitalista-religiosa (delirante religião sem qualquer corpus religião amor ao próximo) significar a pedagogia-pedofilia como abuso sexual da criança. Entretanto, sabe-se, sem precisar de Freud, que pedofilia não é só abuso sexual de criança, mas todas as formas de opressão sobre a criança que a impede de se desenvolver como um ser constitutivos de corpus que lhe proporcionam o viver como vocação humana.

Agora, recorrendo a Freud, o criador do Mal Estar da Civilização, usamos sua afirmação  de que todo adulto violento (já apresentamos várias vezes neste Afinsophia.org) é produto da violência sofrida na infância. E de acordo com a psicanalista Karen Honey, a criança quando é reprimida violentamente só tem três alternativas. Uma se identifica com o agressor, os pais, duas, se torna passiva, e duas se rebelar. O pedófilo moral-sexual-capitalista-religioso opta pela primeira. Aceita a repressão e na vida adulta se posiciona como o pai agressor, o que a moral do sistema-capitalista classifica como anormalidade. O defenso do poder da classe dominante. Exemplo, os milicianos de todos os tons e cores. Os covardes. O que significa dizer que o inconsciente desse adulto violento guarda, desesperadamente, uma criança acuada, apavorada, abandonada sem qualquer afeto oblativo, escrava da opressão paterna, como diz a psicanalista Françoise Dolto. Carente do necessário convite à vida.

Sem delongas.

O mais outro indicado ministro da Educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro, em palestra, no ano de 2016, afirmou que “métodos justo e suaves” em relação à criança precisam de correção no comportamento. A “criança deve sentir dor”. Em psicanálise uma enunciação sintomática de infância nada oblativa. Mas, uma ameça para o Brasil quando se sabe que tudo começa na infância. Um adulto nazifascista e um adulto democrata nascem na infância. Em uma sociedade-racional a dor, culturada, é uma negação da vida. 

Nada de assombroso no evento Bolsonaro. Todos se igualam nessa subjetividade-objetividade ultradireitista. 

E ainda há quem espere, na atual conjuntura, um ministro da Educação que tenha alcançado a dimensão racional e a humaniora, a empatia universal do ser humanidade, como mostra o filósofo Kant.  

 

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