MANAUS DESPERTA COM CARREATA-HISTÓRICA PRODUZIDA POR PROFESSORES CONTRA INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNADOR AMAZONINO QUE TEIMA EM NÃO ATENDER REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA

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Produção Afinsophia.

                                                                                                             “O homem é, no sentido mais literal, um dzôon politikhón,

                                                                                                    não só um animal sociável, mas um animal que só em sociedade

                                                                                                    pode isolar-se”.

                                                                                                                                                   Marx

 

                      Qualquer trabalhador, não alienado, sabe que a greve é o fundamento de sua existência como sujeito-produtivo. Um saber-trabalhador que não precisa ter lido Marx. É o que está sendo manifestado pela maioria dos trabalhadores da rede de ensino público do estado do Amazonas. Escreve-se a maioria dos trabalhadores, porque uma diminuta parte, pela força de sua alienação-política, não sabe dessa potência-política do trabalhador que é a grave. Daí se encontrar sob o comando do governador Amazonino. Essa diminuta parte não aprendeu com o humorista-filósofo, Millor Fernades, que “quem se abaixa ao opressor, mostra a bunda ao oprimido”. Síndrome de deficiência-pudenda. 

          Pois bem, conforme o prometido ontem, dia 22, dia em que o STF, através de uma liminar, impediu que Moro e assemelhados, como a Globo-americanófila, se exultassem com a prisão de Lula, os  professores, pedagogos e  funcionários administrativos, produziram pela manhã de hoje a carreata-histórica de sua categoria tendo por leitmotiv às reivindicações profissionais junto ao intransigente governador do Amazonas, Amazonino Mendes. A carreata-histórica da categoria – pela primeira vez os agentes da educação no Amazonas produziram um feito jamais visto na história sofrida do estado – contou com quase três mil carros. Não houve mais veículos,porque, como se sabe, a categoria dos professores, em função de seus salários, não ganha o suficiente para poder comprar um veículo. Aí, um dos fatores do significado histórico da carreata. 

         Logo pela manhã, os profissionais da educação se concentraram em frente da Arena Amazonas – uma obra superfaturada – para determinar quais os percursos iriam seguir, já que o objetivo era chegar ao centro da cidade. Decidido os percursos, após alguns pronunciamentos, eles começaram o duplo movimento: movimento-matemático-geográfico, locomoção dos veículos; e movimento-consubstancial, transformações de suas consciências-ontológicas. 

        Chegaram em frente da Assembleia Legislativa do Estado, corpo que comporta a maioria de deputados reacionários, golpistas como os oito deputados federais do Amazonas que votaram pelo golpe em favor da opressão norte-americana, realizaram algumas falas, já que tais deputados são afásicos, pegaram, a Avenida Djalma Batista, em seguida às Ruas Comendador Clementino, Japurá, Tarumã, Avenida Getúlio Vargas e chegaram ao local do desfecho. Uma festa que afetou de alegria os transeuntes que em sua maioria se encontra cúmplice com os grevistas. 

         Agora, pela parte da tarde, os trabalhadores da educação encontram-se reunidos nas setoriais-comandos de greve distribuídos pelas zonas-geográficas da cidade de Manaus. Cada membro apresentará suas propostas de manutenção da grave, e decidir se a greve será por tempo indeterminado ou não. Quer dizer: indeterminado por Amazonino, já que ele teima em cultivar seu “nino”. Como dizem os profissionais da educação para Amazonino: “Governador, fala a verdade, educação nunca foi prioridade!”

          Marx manda mais lembranças aos pseudos trabalhadores-alienados que se encontram cooptados pelo governo. “Não digais que o movimento social exclui o movimento político. Não existe, jamais, movimento político que, ao mesmo tempo, não seja social”. 

        Avante, Companheiros!  

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