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@AINDA NO CASO JUAN CHARLES E CHÁVEZ, jornal espanhol El Paisdestaca um texto de Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT, que “vincula a monarquia espanhola ao fascismo” e o discurso de Hugo Chávez dizendo que o rei extrapolou. Parece que a imprensa espanhola não trabalha para desvirtuar as palavras de Chávez, como a brasileña. Ao contrário, aproveita para nas entrelinhas deixar claro que a monarquia espanhola não passa da monarquia inglesa, é puro ornamento das falseações democráticas; aproveita também para mostrar o ranço da tirania franquista que perdura na família real; e ainda por cima, ou por baixo das crostas das falsas imagens, que Chávez não tem nada a ver com a imagem manipulada da Veja e dos destratos estratos operados com o discurso do presidente venezuelano. Para o jornal espanhol, Chávez age democraticamente não só na Venezuela, mas em fortalecimento de toda a democracia latino americana, inclusive o Brasil. I inda tem francês…

@ “LA UNIVERSIDAD SE VISTE DE PUEBLO” é a grande mobilização que deve ocorrer na Venezuela no próximo dia 22, com chegada na agora famosa UCV, Universidad Central de Venezuela, onde estão ocorrendo, para a mídia local e internacional mercadológica, ‘ataques de milícias armadas a serviço do ditador Chávez’. O evento tem por objetivo convidar partidários do SI e do No para discutir pacificamente a reforma constitucional, e é capitaneado por movimentos sociais como a Frente Nacional Campesino Ezequiel Zamora, Frente Nacional Comunal Simón Bolívar e o coletivo Alexis Vive y El Movimiento Popular. E tem brasileira na UCV atuando politicamente pelo enfraquecimento das percepções clichezadas dos midiomercados: Fernanda Brozoski, estudante da UCV, usou o site de relacionamentos Orkut para divulgar a informação de que os vídeos mostrados no Jornal Nacional, que exibiam – segundo a narração Bonner-Simpson – policiais atacando estudantes contrários à reforma, na verdade foram montados, pois os supostos policiais não usam o uniforme da polícia local, e os estudantes atingidos vestiam a camisa do SIM, vermelhas, em apoio a Chávez. O professor da faculdade de engenharia da UCV, Héctor Constant, conclamou os estudantes a organizarem movimentos pacíficos de discussão, depois que partidários do NO – majoritariamente da classe média/alta caraquenha – atacaram estudantes na Escuela de Trabajo Social, dentro da UCV. Seriam esses ataques os veiculados pela Globolálica, que tenta aproveitar os efeitos hipnogógicos da imagem+som da TV para trucar e fazer o perseguidor virar vítima. Assim, apenas efetiva sua impotência diante da capacidade de movimentação e de contaminação afetiva das pessoas, seja através da internet ou qualquer outro meio de comunicação que não esteja capturado pela lógica do mercado. I inda tem francês…

@ E OS CANSADOS ATACAM DE NOVO, agora na Venezuela. Empresários de multinacionais reclamam do clima de ‘instabilidade’ e ameaçam deixar o país. “Está certo que ganhamos dinheiro, mas se tornam nossa vida impossível, haveremos de questionar o futuro”, afirmou um deles, entre lágrimas, colhidas em lenço virgem de seda chinesa. Que tragédia! Como podemos deixar de nos compadecer dessas pobres empresas: BBVA e Santander, bancos que detém 25% do mercado venezuelano, ganhando juntos ano passado 231 milhões de Euros. Repsol, Telefónica, Mapfre, Endesa, Indra, Prisa, Dragados y Gas Natural, também espanholas, com ganhos estratosféricos naquele país. No Brasil, na Argentina, Peru, Chile, Equador, em quase toda a América Central e no México estas empresas estão presentes, e ganhando rios de dinheiro. É a colonização do século XXI. O maior representante destas empresas na Cumbre Iberoamericana, no Chile? El Rey, Juan Carlos! Sempre do lado ‘bom’. Chávez já mandou avisar que não precisa do dinheiro espanhol. Mas o mundo precisa do petróleo venezuelano. Essa parte ele não disse, mas é verdade. Aproveitando a viagem pelos prados espanhóis, vejam aqui porque a Telefônica está sempre na boca dos brasileiros… I inda tem francês…

@ DEMOS CRITICAM FALA DE LULA SOBRE VENEZUELA. Com as mesmas tradicionais justificativas, os DEMos criticaram o apoio de Lula à democracia venezuelana, e afirmaram que seria ‘a mais grave ameaça à democracia brasileira desde que [Lula] assumiu o mandato’. Quando se referem à democracia, os DEMos parecem acreditar na ilusão do significante ‘democracia’. Se autoproclamando os democratas, acreditam se apossar do significado da palavra. Mas podem, com essa atitude, ter acertado por tabela: talvez com a democracia que Lula tenta construir coletivamente no Brasil, não haja espaço para DEMocratas… I inda tem francês…

@ DO GAROTO JOSÉ SARAMAGO, DE 85 ANOS, completados ontem, 16 de novembro – e a juventude não se conta em anos, mas em ação política-comunitária-, será publicado na próxima semana seu primeiro romance, Terra do Pecado, escrito quando o declarado comunista (e ainda assim ganhador do Nobel de Literatura) tinha cerca de 19 anos. O livro foi encontrado por sua companheira Pilar del Río, dentro de uma mala que já tinha passado por diversas mudanças e que agora estava em um sótão de Lanzarote, a ilha onde vivem. Como o próprio Saramago percebe, as mudanças são as variações intensivas da linha vermelha que salta cada vez mais para uma relação de proximidade com a vida. Vida, Saramago! I inda tem francês…

@ RENAN DEVE RENUNCIAR NA PRÓXIMA SEMANA. A Globo, a Folha, e todos os ressentidos da moralidade boca de bode (que psicanaliticamente são os mais pervertidos) se locupletam por não ter de fazer a votação que não levaria a nada, já que “não há nada contra Renan”. Ou melhor, que levaria a população a duas percepções: se não cassassem Renan, estariam acenando que ele é bom para o senado; se o cassassem, estariam atestando que o senado não é bom para ele. Ou seja: para a democracia, o senado é ainda pior do que parece. E se Renan não renunciar? Ele poderia ir até o fim. De qualquer forma, a única solução é a dissolução do senado, como disse Cláudio Weber Abramo. I inda tem francês…

@ A OCUPAÇÃO PELOS ÍNDIOS DA SEDE DA FUNASA EM MANAUS deve-se pelo ludíbrio histórico desde que Colombo-Cabral-Vespúcio aportou por estas paragens, quando o ensignação identitária “Índio” paralisou o movimento natural dos seres da floresta. De lá para cá, gripe, febre, malária, aids, depressão, dor e medo. Assim, segundo eles, a portaria 2.656 (10/2007) corta em quase 50% o repasse de verbas e ainda municipaliza a saúde indígena. Parece que eles não querem ficar na dependência da Semsa, por exemplo. O ministro Temporão afirma, por sua vez, que a ocupação pode estar sendo comandada por “esquemas estabelecidos na região“. Também deve ser verdade, uma vez que muitos são os grupos universitários, partidários, ongs, etc, que recortam o seu filão dos achaques da saúde indígena, o que se faz como corrupção do natural. I inda tem francês…

            Vamos que vamos

                    Porque se não formos

                                    Não chegaremos

                                            E se formos também

                                                            Não chegaremos…

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