TRUMP AMEAÇA GUSTAVO PRETO, PRESIDENTE DA COLÔMBIA, ACUSANDO-O DE COOPERAÇÃO COM NARCOTRAFICANTES
Um dos principais críticos dos EUA, Gustavo Petro rebateu críticas dizendo que é inimigo número 1 do comércio de drogas
Donald Trump e Gustavo Petro voltaram a trocar críticas nas redes sociais neste domingo (19) – Mandel NGAN e Joaquín SARMIENTO / AFP
Em sua conta no X, Petro rebateu as acusações de Donald Trump dizendo que foi o responsável por investigar as relações entre o narcotráfico e o Estado colombiano. Ele se declarou inimigo número 1 do narcotráfico no país. Em post fixado ontem no mesmo perfil, Petro informa que o governo reduziu a taxa de crescimento dos cultivos de coca a quase zero, e quase metade dos plantios estão abandonados. Em pronunciamento feito pelo perfil oficial da presidência, o governo prometeu apoiar e financiar o desenvolvimento do plantio de outras culturas não relacionadas a drogas.
Esse não é o primeiro ataque do governo Trump à Colômbia. No dia 17 de setembro, foi revogada a certificação do país latino como aliado contra às drogas. Semanas depois, Petro teve o visto norte-americano revogado após sua participação na Assembleia das Nações Unidas, no final de setembro, quando pediu aos soldados estadunidenses que descumpram as ordens de Trump e não hajam contra os palestinos. Petro foi um dos principais críticos ao governo dos Estados Unidos, em especial por seu apoio a Israel no genocídio praticado contra palestinos.
Na ONU, ele também pediu que o governo de Donald Trump seja investigado por ataques feitos a embarcações suspeitas de narcotráfico no mar do Caribe, em território próximo à Venezuela. Neste domingo (19), ele voltou a apoiar as mobilizações “No Kings” nos Estados Unidos, republicou uma notícia de greve geral em Chicago e pediu que nenhum colombiano trabalhe neste dia.
A declaração mais recente de Trump ocorre na mesma semana em que os Estados Unidos bombardearam um navio suspeito de tráfico de drogas no mar do Caribe, o sexto desde o início de setembro. O ataque matou ao menos 29 pessoas e houve sobreviventes. No sábado (18), os EUA informaram que estavam repatriando para a Colômbia e o Equador dois sobreviventes.