LULA 3 FALHA NA COMUNICAÇÃO DE ACERTOS E RESULTADOS ECONÔMICOS, MOSTRA PESQUISA QUAEST

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41% acham que terceiro governo de Lula é pior do que os anteriores; aprovação do petista perde para Bolsonaro em 2020

Foto: PR/Ricardo Stuckert

A pesquisa mostrou que a vasta maioria da população – quase 7 em cada 10 brasileiros – não sabe apontar ao menos dois acertos do governo Lula 3. Outros 7% afirmam que não há acertos. O programa Bolsa Família, lançado ainda no primeiro mandato de Lula, aparece no topo da lista como o maior acerto deste governo, seguido por melhora na economia/queda de preços/baixa inflação (3%), políticas de educação (2%), Minha Casa/Minha Vida (2%), aumento do salário mínimo (2%). O programa Pé de Meia, que é uma novidade do governo Lula 3, só foi citado entre os maiores acertos por 1% dos entrevistados.

Outros 41% acham que o terceiro governo de Lula é pior do que os dois mandatos anteriores do petista e perde, ainda, para Jair Bolsonaro (PL) em seu segundo ano de mandato.

Quando questionados se o governo Lula está melhor, pior ou igual ao governo Bolsonaro, a pesquisa mostra que cresceu de 33% para 37% o volume de pessoas que acham que está pior, oscilou de 22% para 20% o índice de quem pensa que está igual, e subiu de 38% para 42% os que acham que está melhor. Essa aprovação, no entanto, já foi bem maior, como mostra o gráfico abaixo:

Mesmo com pronunciamento em rede nacional e repercussão na mídia, a Quaest mostrou que o pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro Fernando Haddad, por exemplo, só ficou conhecido por 38% dos entrevistados. De acordo com Nunes, “entre quem tomou conhecimento sobre a medida, grupo caracterizado especialmente por homens, mais velhos e de renda mais alta, a maioria (68%) acredita que as medidas apresentadas não vão melhorar as contas do governo.”

O recorte positivo ficou para a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha acima de 5 mil. Embora também não tenha conseguido atingir a maioria da população – somente 43% dizem que já sabiam da medida antes de responder a pesquisa – 75% disseram que são a favor da isenção.

 

Para Nunes, “isso sugere que os resultados de aprovação do governo podem se mover positivamente no futuro quando a medida se tornar real, já que a isenção do IR é aprovada por 75% dos brasileiros. A aprovação a essa medida é alta inclusive entre eleitores de Bolsonaro (77%) ou entre quem votou branco/nulo ou se absteve em 2022 (74%). Com esse resultado, difícil imaginar que o Congresso vá rejeitar esse projeto.”

O cientista político, no entanto, ressaltou que “sem uma comunicação bem feita, o plano pode não gerar bons frutos.” Isso porque a Quaest mostrou que a maioria está frustrada com as finanças pessoais hoje e preocupadas com a economia.

Pior que mandatos anteriores

Nunes também destacou que na comparação entre a Quaest atual e pesquisas do IBOPE feitas ao final do 2º ano do mandato de outros presidentes em anos anteriores, Lula 3 se mostrou pior do que Lula 1 e 2 e só aparece à frente dos governos FHC 2 e Temer. Ou seja, perde para Bolsonaro em seu segundo ano de mandato.

Na visão de Nunes, “essa percepção negativa também está refletida na percepção generalizada sobre a economia. Ao contrário do que mostram os números oficiais, 40% acham que a economia brasileira piorou no último ano, enquanto apenas 27% acreditam que ela melhorou.”

A Quaest ouviu 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9/12. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 1 ponto percentual. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

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