‘KID PRETO’ DIZ QUE FESTEJAVA ANIVERSÁRIO NO DIA EM QUE PLANEJOU-SE MORTE DE MORAES

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 por  Jessica Alexandrino

Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo – Reprodução

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo afirmou que, no dia 15 de dezembro de 2022, quando, segundo investigações, um grupo de militares teria planejado atacar o ministro Alexandre de Moraes, ele estava em Goiânia celebrando seu aniversário com a família. O militar está preso desde a semana passada, sendo investigado por suposta participação em tentativa de golpe de Estado.

A PF identificou que um dos celulares utilizados no plano “Copa 2022” estava registrado no nome de Bezerra. Nas mensagens trocadas pelo aplicativo Signal, seis participantes, utilizando codinomes de países, discutiam como executar o plano. O telefone vinculado ao codinome “Brasil” foi associado ao militar. Além disso, dados de antenas de celular revelaram que um dos envolvidos esteve próximo à residência de Moraes, em Brasília, na mesma data.

O plano não avançou devido à falta de apoio do então comandante do Exército, general Freire Gomes. A investigação ainda não conseguiu identificar todos os integrantes do grupo, mas continua em andamento.

A defesa de Rodrigo Bezerra encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que incluem uma foto da identidade do militar, comprovando a data de nascimento, e recibos de compras realizadas no aplicativo Rappi no dia 15 de dezembro. No entanto, não foram anexados registros específicos da celebração familiar mencionada pelo militar.

ministro Alexandre de Moraes com expressão assustada, sem olhar para a câmera
Ministro Alexandre de Moraes, do STF – Divulgação

Além disso, os advogados solicitaram informações às concessionárias de rodovias e às secretarias de transporte de Goiânia e Brasília, na tentativa de confirmar que o militar não teria viajado para a capital federal naquele dia

Entre os elementos investigados, está uma mensagem enviada por Rodrigo Bezerra no grupo de WhatsApp “Dossss”, que contava com a participação de Mauro Cid e outros militares. No texto, datado de 30 de dezembro de 2022, ele afirmou que o grupo “perdeu a finalidade”, mencionando o fim das ações após a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos.

Embora o militar ainda não tenha sido indiciado, a PF justificou a sua ligação com o caso devido ao uso do telefone vinculado ao plano “Copa 2022”. O relatório final da investigação, que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, reforça a relevância das provas coletadas contra o militar.

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