CPI DA COVID: EX-DIRETOR DA SAÚDE CHAMA DEPUTADO LUIS MIRANDA DE ‘DESQUALIFICADO’ E PM DOMINGHETTI, DE “PICARETA’

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VIOMUNDO 

Diário da Resistência

 

POLÍTICA

07/07/2021.

 

 

Da Redação, com Agência Senado

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (07/07) Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.

Em sua fala inicial, Roberto Dias garantiu não ter tido qualquer participação na escolha da Covaxin como fornecedora de vacinas: nem no que tange à quantidade, cronograma de entregas, definições de preços ou outro aspecto contratual.

Disse também jamais ter pressionado algum funcionário do Ministério da Saúde nesse processo.

Dias referiu-se ao deputado Luís Miranda (DEM-DF), o primeiro a relacioná-lo ao caso, como um “notório controverso”.

Lembrou que Miranda negou na CPI ter negócios na área da saúde, mas áudio divulgado na comissão, com ata notarial, mostra que o deputado teria negócios de comercialização de luvas e EPIs.

Dias referiu-se ao parlamentar como “uma pessoa desqualificada”, e que as denúncias contra ele “jamais serão provadas” devido à ausência de base:

— Será que atrapalhei algum negócio do deputado? Porque essas denúncias três, quatro meses depois dos fatos? Neguei um pedido de cargo para seu irmão, servidor do Ministério, e cheguei a pensar que fosse uma retaliação contra mim. Mas será que atrapalhei alguma outra coisa? Já acionei o deputado por difamação contra minha pessoa.

Dias negou ter oferecido vantagem indevida ao policial Dominguetti Pereira, que tentava intermediar negociações junto ao governo federal para compra de vacinas da AstraZeneca.

Segundo o ex-diretor do Ministério da Saúde, nunca houve pedido ilegal dele além de documentos, que também não chegaram a ser apresentados.

— Como ficou demonstrado por esta CPI, trata-se de um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde — afirmou.

Indicação ao cargo

Roberto Ferreira Dias confirmou conhecer o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), mas disse que o deputado não foi o responsável por sua indicação ao cargo no Ministério da Saúde.

Segundo o depoente, o então deputado Abelardo Lupion enviou seu currículo ao  então ministro da Saúde Henrique Mandetta, que o nomeou.

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