Em ofício ao Itamaraty, a entidade autora do “superpedido” de impeachment alegou interesse público sobre o que foi tratado na reunião com William J. Burns
Alexandre Ramagem, Jair Bolsonaro, William J. Burns, Todd C. Chapman e Augusto Heleno (Foto: Reprodução).
Luciana Lima, Metrópoles – A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), entidade co-autora do chamado “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cobrou explicações do Ministério de Relações Exteriores (MRE) sobre a reunião do presidente com o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, William J. Burns.
Em ofício enviado ao Itamaraty, a entidade apontou o claro interesse público a respeito do que foi tratado na reunião, visto que a funcão da agência norte-americana é de coletar informações que ameaçam a segurança dos Estados Unidos.
“É de conhecimento público que essa agência de inteligência tem a função de coletar informações que ameaçam a segurança nacional dos EUA e tomar as medidas preventivas cabíveis. O fato da visita não ter sido anunciada publicamente causa estranheza. Nesse sentido, solicitamos informações da pauta das reuniões e encaminhamentos porventura adotados a partir delas, por ser do mais legítimo interesse público”, afirma o documento.