*Colaborou Plínio Teodoro
O “superpedido” de impeachment que será entregado pela oposição contra o presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados na quarta-feira (30) vai acusá-lo de cometer mais de 20 crimes durante seu mandato. Entre as acusações estão aquelas que envolvem a compra das vacinas Covaxin e CanSino.
O pedido será protocolado na quarta, às 15 horas, de forma virtual. Elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), tem como signatários parlamentares de diferentes campos políticos, entidades representativas da sociedade e personalidades.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que participa das articulações do pedido, revelou à Fórum que nesse “superpedido” estarão reunidas acusações presentes em 121 pedidos anteriores e mais os crimes de prevaricação e participação em esquema de corrupção, em razão da Cov
“Ele foi informado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, e não tomou nenhuma atitude à respeito, então tem o crime de prevaricação. E também há indícios de corrupção e participação em esquema de corrupção. Vamos imputar mais de 20 crimes”, disse Correia.
“São 3 eixos básicos: pandemia (genocídio, desobediência ao isolamento social e atentado contra a saúde); crimes contra a democracia (ameaça ao Supremo Tribunal Federal, apologia à tortura, etc); e agora os crimes de corrupção e prevaricação”, explicou.
O parlamentar acredita que o governo ainda tem o apoio do centrão e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Aqui na Câmara o centrão ainda está resistindo com Lira. Eles tem uma base muito forte formatada no orçamento paralelo, em cargos e no apoio do mercado”, declarou. “Essa junção de um governo fraco com centrão e mercado tem funcionado”, completou.