MARQUETEIRO DA CAMPANHA DE ZÉ RICARDO, CANDIDATO À PREFEITURA DE MANAUS, JOGA PARA OS INIMIGOS

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

É muito simples de entender, mas complexo aceitar.

Em tempo de eleição, rola muita ilusão. Ilusão. No entendimento filosófico-psiquiátrico, ilusão é a dissipação do real em benefício da subjetividade que teme e confunde o princípio de realidade.

A Foto-Fato.

O marqueteiro da campanha eleitoral do candidato à prefeitura de Manaus, José Ricardo, postou no facebook de propaganda do postulante uma foto-fato em que ele aparece em um restaurante com uma vasilha com peixe. A propaganda faz parte das enunciações dos feitos e gostos do candidato. Como é tempo de eleição e as faculdades sensorial, cognitiva e ética da maioria dos concorrentes estão dispostas ao comportamento marocagem, diz-que-me-diz, logo a foto-fato causou estranheza (embora nada do homem seja estranho, diz o filósofo Protágoras) tanto nos aficionados do Zé quanto nos inimigos.

Assim, dois entendimentos saltam da foto-fato:

1 – Se a foto-fato for atual, Zé Ricardo marcou bobeira leseralmente: é tempo de Covid 19 e ele não deveria frequentar restaurante. Mesmo com liberação com horário reduzido, os inimigos aproveitam deitam e rolam na mancada-eleitoral do marqueteiro, visto que Zé Ricardo faz campanha defendendo a saúde pública. 

2 – Se a foto-fato for antiga, só para mostrar que o candidato – que não mostra a estrela do PT e não fala sobre Lula -, gosta de peixe e farinha para afirmar que é popular, a foto-fato endereça para outra expressão-conteúdo. Como o peixe tem status social, criado pelos cérebros musculosos, o tambaqui, como o pirarucu, são peixes mais consumidos pela classe média que tem pavor de espinha e não gosta do cheiro do povo, como diz o teatrólogo-alemão, Erwin Piscator. Resulta, resultado, como diz o pedagogo paulofreiano, Abdiel Moreno, que a foto-fato mais afasta o Zé Ricardo do Zé do Povo do que lhe aproxima. E ainda mais com farinha do uarini. A farinha do povo é a baguda. Que serve para um bom pirão com escabeche de jaraqui. E, para quem gosta, pimenta murupi e uma caninha que amazonense não é de ferro. 

No mais, perdura a lógica-ilógica antidemocrática: Não Há Vida Inteligente no Marketing. 

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