JULIAN ASSANGE CORRE “RISCO MUITO ALTO” DE SUICÍDIO SE EXTRADITADO, DIZ PSIQUIATRA

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Testemunha disse que Assange tem depressão severa e ouvia vozes enquanto estava detido em Londres

Redação
Brasil de Fato.

 

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, corre “risco muito alto” de suicídio se for extraditado para os Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira (22) o psiquiatra Michael Kopelaman, que testemunhou no julgamento do jornalista em Londres.

Ao longo de 20 exames feitos em Assange, Kopelaman disse que o paciente reclamou de ouvir vozes e música imaginárias enquanto estava detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, no sudoeste da capital inglesa.

Segundo o psiquiatra, há evidências de que o fundador do WikiLeaks tem “depressão severa” e “sintomas psicóticos”, o que lhe causavam alucinações auditivas, entre outros sintomas. Um exemplo é que Assange disse ter ouvido música e vozes dizendo “você é pó, está morto, estamos vindo para buscá-lo”, afirma o especialista.

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Os impulsos suicidas de Assange “surgem de fatores clínicos, mas é a iminência da extradição que desencadeará a tentativa”, acrescentou Kopelaman, alertando que “ele se deteriorará substancialmente” se extraditado.

A parceira de Assange, Stella Moris, já havia dito que temia que ele se suicidasse, deixando seus dois filhos pequenos sem pai.

James Lewis, representante do governo dos Estados Unidos no julgamento, questionou Kopelman sobre a veracidade de algumas das afirmações de Assange, sugerindo que ele pode tê-las inventado.

Assange enfrenta 18 acusações de acordo com a Lei de Espionagem dos EUA em relação ao lançamento de 2010 pelo WikiLeaks de 500 mil arquivos secretos detalhando aspectos das campanhas militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque.

Edição: Rodrigo Chagas

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