AÇÃO POPULAR NÃO SE ENVOLVEU NA LUTA ARMADA, DIZ SOBREVIVENTE QUE VAI INTERPELAR BOLSONARO

0
20190228112531_1200_675_-_jair_bolsonaro

Padilha está em contato com ex-colegas de militância e advogados para apresentar uma queixa-crime contra Bolsonaro por calúnia, no Supremo Tribunal Federal

Jornal GGN – Jair Bolsonaro disse que a Ação Popular era um dos grupos mais sanguinários da resistência à ditadura militar, mas isso não é verdade. “A AP nunca esteve envolvida em luta armada”, diz o cientista social e sobrevivente dos anos de chumbo, Anivaldo Padilha, 79.

Segundo a jornalista Monica Bergamo, Padilha está em contato com ex-colegas de militância e advogados para apresentar uma queixa-crime contra Bolsonaro por calúnia, no Supremo Tribunal Federal.

“Nestes tempos de fascismo, de destruição do inimigo, de ódio, ele [Bolsonaro], com suas mentiras, nos coloca em risco. Nos deixa vulneráveis a agressões e ataques”, afirmou Padilha.

Segundo Padilha, que viveu exilado em Genebra, na Suíça, os militares não se importavam em distinguir quem estava na luta armada e quem não estava. “Tanto que dizimaram o Partido Comunista, que era contra a luta armada”, comentou, lembrando que dirigentes da Ação Popular também foram presos, torturados, mortos ou exilados.

No começo da semana, Bolsonaro disse que Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, hoje presidente nacional da OAB, fazia parte da Ação Popular, que era um dos grupos mais “sanguinários” de Pernambuco, e que tinha um braço armado no Rio de Janeiro.

Bolsonaro disse que Fernando foi alvo de “justiçamento” dos militantes de esquerda, e não dos militares. A informação do presidente contraria documentos públicos que mostram que Fernando foi executado nas mãos de agentes do Estado.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.