ENQUANTO LULA É UM MAR DE ENCANTAMENTO NO BRASIL, 1,5 MILHÕES DE ELEITORES ENTRE ABSTENÇÕES, NULOS E BRANCOS REJEITARAM AMAZONINO E BRAGA, NO AMAZONAS
Neste momento no Brasil só um político não é rejeitado. Com todo tipo de ataque da direitaça, Lula é recebido no Nordeste do Brasil por um mar de gente que aplaude, grita, canta, chora e emociona o país.
Por cá, terminou o segundo turno da eleição suplementar para a escolha do governador que só terá um ano e três meses de governo. Os dois candidatos perderam para os votos nulos e brancos e para as abstenções. Com 99,85% das urnas apuradas esse número de eleitores atingia mais de 1,5 milhão e meio.
Na capital, Manaus, a soma das abstenções, nulos e brancos chegaram a mais de 579.326, superando Amazonino Mendes que obtinha até o momento da apuração 423.981 votos. Eduardo Braga era votado por 305.170.
Amazonino em declaração depois de eleito disse que esse voto era de desempregados, voto de protesto contra a situação política do Brasil. Aparecerão inúmeras justificativas. Só não disseram que parte deste protesto é uma reação silenciosa contra o golpe de Estado jurídico, parlamentar, empresarial, midiático que o Brasil sofreu e que os dois candidatos representam partidos golpistas. O PMDB e o PDT.
Não adiantou Eduardo Braga pedir a interferência de Deus, pedir desculpas ao povo pela sua maneira de ser, conversar com os votos nulos e brancos para lhe darem mais uma oportunidade. Em Manaus os votos nulos e brancos lhe deram uma surra. Na capital Dudu, como é chamado, Cinta Larga como é apelidado só pra rimar, não contou com os votos do Partido dos Trabalhadores – PT, sabem porquê? Eduardo Braga materializou a classe que pertence e apoiou o golpe contra uma presidente digna, honesta da qual foi ministro de Minas e Energias. Foi o pemedebista do silêncio para ver se se dava bem. Não atuou como Kátia Abreu e Roberto Requião. E o resultado está aí. Surra, mano. E com ele muita gente vai provar o chicote que bate em Braga bate em Marcelo Ramos.
Nesta eleição os vencedores foram os cidadãos que não votaram em nenhum dos dois candidatos, porque os dois são a mesma subjetividade, não há neles nada de novo.
Os perdedores foram os institutos de pesquisas que erraram todos os prognósticos e agora estão se defendendo dizendo que as abstenções, nulos e brancos são responsáveis pelos “erros” e os que se dizem vencedores e comemoram a derrota do amigo de classe golpista.
Enquanto isso, Lula e Dilma estão a sorrir pelo que fizeram e estão fazendo pelo Brasil e mais de um milhão e meio de eleitores amazonenses festejam a reprovação do mesmo. Amazonino e Braga.