MANAUS, QUE JÁ FOI UMA CIDADE CRÍTICA, REGREDIU COMO POLIS-POLÍTICA ADOTANDO O SENSO-FASCISTA: ELEGEU BOLSONARO COM 53,550% DOS VOTOS, ENQUANTO O INTERIOR CONTINUA PROGRESSISTA

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O enunciado-político, Manaus uma cidade crítica, foi produzido pelos próprios moradores da polis-amazônica. Embora tenha passado por inúmeras eleições com apresentação de candidatos reacionários, entretanto havia uma grande parte de sua população que elaborara em si a consciência política-social do que seria um candidato e uma administração-publica. Foi nessa ambiência que nascera e se criara insignes personagens como Almino Afonso, Arlindo Porto, etc, entre outros personagens de outras profissões e trabalhadores-engajados. Onde alguns, na ditadura, foram presos torturados e mortos.
Até no começo da década de 90, ainda se encontrava refletida, nos ambientes sociais e privados, a superioridade dessa subjetividade que expressava a alegria afetiva e cognitiva dos manauaras que sentiam o mundo e pensavam criticamente. Principalmente os jovens que eram mais criativos e ousados com uma rebeldia-estética sensivelmente transformadora.
Porém, a força estúpida da ignorância, da insensibilidade, da trapaça, da ambição, dos instintos e espíritos corrompidos, como mostra o filósofo Nietzsche, instituiu o medo que origina a inveja, o ódio, a vingança, submissão, o rastejar-pervertido, a traição, a hipocrisia, a tirania da superstição, então, não deu outra: a subjetividade da alegria afetiva e cognitiva que fundamenta a crítica, foi obstruída (não destruída) pela pulsão de morte que fez emergir a subjetividade-fascista que se espalhou pelos quatro cantos de Manaus.
Com a predominância da estupidez fascista, impedindo a vivência dos afetos-alegres correspondentes a Essência-Humana-Polis que possibilita a empática Comunicação-Alteridade que revela o Ser Sensível, Intelectivo e Ético da Essencialidade-Crítica, as eleições se tornaram o palco para materialidade das ausências do conhecimento-epistemológicas, afetos-amáveis e práxis-poieses-criativas. Partículas fundamentais para a PRODUÇÃO-DEMOCRÁTICA.
E foi nesse palco-subjetivo de dominação da pulsão de morte, que Bolsonaro, o amante da dor, agente da ditadura e apologista da tortura, conseguiu 53,550% dos votos para presidente contra 37,02% de Lula. A votação que confirmou a transformação-teratogênica de Manaus.
Mas não nos desesperemos com a predominância atual da pulsão de morte, pois temos duas Vontade de Potência: Uma, a Manaus crítica encontra-se apenas obstruída. Em qualquer momento pode realizar sua Alêtheia (Como diz o filósofo Existencialista Heidegger ), sua Revelação como Subjetividade-Crítica-Histórica. Dois, o interior continua em Pulsante Movimento-Democrático. Ainda mantém a crítica de sua condição de Agente-Ativo do Estado do Amazonas. Embora também se encontre alguns fascistas.
Como canta o cantor-amazonense, Pipira dos Ritornelos:
Manaus, a tua Natureza é Ser-Natureza
Nenhum fascio, Desnaturado, vai te Desnaturar
Como Natureza-Naturada
A tua Dialética vai a Crítica Preservar!