ISRAEL GENOCIDA ASSASSINA CINCO EM ESCOLA DE GAZA

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PALESTINIAN-ISRAEL-GAZA-CONFLICT

A Palestinian man carries the body of his 5-month-old brother, Ahmed Al-Nader, who was reportedly killed the previous day along with other family members in an Israeli shelling on a school-turned-shelter in the Tuffah neighbourhood of Gaza City, ahead of his funeral on December 20, 2025. Gaza's civil defence agency said Israeli shelling on a school-turned-shelter killed five people on December 19, 2025, while the military said it had fired at "suspicious individuals". The ceasefire that came into effect on October 10 has halted the fighting between Israel and Hamas, but it remains fragile with each side accusing the other of violating its terms. (Photo by Omar AL-QATTAA / AFP)

CESSAR-FOGO?

Desde início do cessar-fogo, em outubro, Israel matou 400 pessoas na Faixa de Gaza

Irmão mais velho carrega o corpo de Ahmed Al-Nader, bebê de cinco meses morto em ataque de Israel contra escola usada como abrigo| Crédito: OMAR AL-QATTAA / AFP

Em mais uma violação do cessar-fogo, as Forças de Defesa de Israel mataram ao menos cinco palestinos em uma escola transformada em abrigo na Cidade de Gaza nesta sexta-feira (19), segundo a defesa civil de Gaza. Entre as vítimas fatais, está o bebê Ahmed Al-Nader, de cinco meses.

Soldados israelenses, posicionados na linha delimitada no cessar-fogo que entrou em vigor em outubro, atiraram após verem o que chamaram de “indivíduos suspeitos”.

A defesa civil de Gaza afirma que só conseguiu recuperar os corpos após coordenação com a ONU, para garantir que seus profissionais não fossem alvejados pelos militares de Israel.

Desde que o acordo de cessar-fogo entrou em vigor, 400 palestinos foram mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local. O número total de vítimas desde outubro de 2023 é de, ao menos, 70.925 – no entanto, a cifra total deve ser maior, já que ainda há muitos corpos debaixo de escombros.

Próxima fase

O cessar-fogo entre Israel e Hamas ainda está em sua primeira fase, que estipula o fim das hostilidades, o recuo das tropas israelenses para uma linha demarcada, o fim do bloqueio à ajuda humanitária e o retorno de presos capturados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 ou de seus restos mortais – apenas um corpo ainda não foi devolvido para Israel.

A segunda fase prevê a paz duradoura em Gaza, mas há muitas divergências entre as partes em relação a temas sensíveis, como o desarmamento do Hamas e a retirada total de Israel do território.

O primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, afirmou na quinta-feira (18) que atrasos na implementação da segunda fase do acordo “colocam em risco todo o processo”. O Catar tem papel importante na mediação entre os lados.

Tragédia humanitária

Para além dos ataques, Israel também tem violado a permissão para entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, o que é especialmente crítico no período do inverno. A organização Médicos Sem Fronteiras publicou, na quinta-feira (18), que um bebê de 29 dias morreu de hipotermia no hospital Nasser.

“O duro clima de inverno, combinado às já precárias condições de vida, está aumentando os riscos às saúde, e as equipes do MSF estão vendo altas taxas de infecção respiratória – algo que só vai aumentar durante o inverno e é especailmente perigoso para crianças com menos de cinco anos”, afirmou a organização em publicação no X. “MSF pede às autoridades de Israel que permitam urgentemente um aumento massivo de ajuda para Gaza”.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, até quinta-feira (18) treze pessoas já tinham morrido por causa das baixas temperaturas. No começo da semana, outro bebê de apenas uma semana de vida morreu de hipotermia por falta de acesso a abrigo e roupas adequados.

*com informação de The Guardian e Al Jazeera

Editado por: Raquel Setz

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