SÉRGIO BERMUDES, REFERÊNCIA DA ADVOCACIA BRASILEIRA E DEFENSOR DE CLARICE HERZOG

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Em março deste ano, Bermudes foi homenageado pela empresa britânica Chambers and Partners, que destacou sua contribuição à evolução do direito brasileiro

Por Camila Bezerra

Resumo da notícia ​
O jurista Sergio Bermudes morreu nesta segunda-feira (27), aos 79 anos, em decorrência de sepsia respiratória. Ele estava internado havia sete meses e enfrentava complicações de saúde desde que contraiu Covid-19, em 2020.

Com quase cinco décadas dedicadas à advocacia, Bermudes consolidou-se como um dos mais influentes processualistas do país. Em 1969, fundou o escritório Sergio Bermudes Advogados, hoje uma das maiores bancas jurídicas do Brasil, com sedes no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, e mais de 130 advogados em atuação.

Entre os casos mais emblemáticos de sua carreira está a defesa de Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975. O processo, conduzido por Bermudes, resultou no reconhecimento judicial de que o jornalista morreu sob custódia do Estado, tornando-se um marco na luta por justiça e memória histórica no país.

Além da atuação como advogado, Bermudes teve uma carreira acadêmica expressiva. Desde 1970, lecionou em instituições como a PUC-Rio, a Uerj e a Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas. Também integrou, em 1985, a comissão de revisão do Código de Processo Civil e foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.

Em março deste ano, Bermudes foi homenageado pela empresa britânica Chambers and Partners, que destacou sua contribuição à evolução do direito brasileiro e à formação de novas gerações de juristas.

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