LUIS NASSIF: A MORTE DE PACHECO, ADVOGADO CORAJOSO

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CAPA - 1

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Descobri Pacheco no “Mensalão”, quando irrompeu no plenário do Supremo Tribunal Federal e confrontou o verdugo Joaquim Barbosa.

 

Reprodução STF

Morreu Luiz Fernando Pacheco, meu amigo e meu advogado.

Descobri Pacheco no “Mensalão”, quando irrompeu no plenário do Supremo Tribunal Federal e confrontou o verdugo Joaquim Barbosa. Foi um lance arrojado para um juiz corrompido pela adulação da imprensa.

Seguiu-se um bate-boca, mas aquele gesto de Pacheco, foi decisivo para que Barbosa abandonasse a toga semanas depois. Foi uma revanche de todos os réus acuados por um Ministro implacável, manipulador, que jogou fora a oportunidade de entrar para a história, pela lisonja rasteira de publicações como a Veja, transformando-o no “menino pobre que salvou o Brasil”.

Quando vi a cena, imediatamente fui atrás do celular de Pacheco, e liguei parabenizando-o. Meses depois, já amigos, ele me dizia do conforto que teve recebendo o apoio isolado.

Dali em frente ficamos amigos. Ele foi meu advogado quando a inacreditável Joyce Hasselmann atacou minha filha, confundindo-a intencionalmente com uma homônima, que vaiou Sérgio Moro em um evento de Nova York.

Pacheco, ao lado de meu sobrinho Caio Aguirre, permaneceu sempre do lado dos desassistidos pela Justiça, quando a besta das ruas colocou o mundo civilizado como público do Coliseu Romano, querendo sangue dos adversários políticos.

No mensalão foi advogado de Genoíno.

Até o fim manteve-se fiel aos princípios da advocacia e à lealdade dos amigos.

Pacheco morreu esta madrugada, possivelmente vítima do metanol. Os dois filhos, no exterior, já foram informados. Assim como os amigos próximos.

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