UNIÃO BRASIL ISOLA CAIADO E POR SONHO DA PRESIDÊNCIA, TENTA CHAPA COM LULA

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O partido que transita em todas as posições políticas agora pleiteia a cadeira de vice de Lula. Caiado segue isolado no sonho.

Foto: Reprodução

União Brasil: por onde transita o partido

A nível regional, o União Brasil é aliança do PT em alguns estados e do PL de Jair Bolsonaro em outros. É governista em alguns casos, e oposição em outros. No Congresso Nacional, é parte do chamado “Centrão”, grupo de partidos de orientação centro-direita, que se dirigem segundo os interesses e benefícios políticos nas articulações junto aos governos. Em 2016, foi crucial para o impeachment de Dilma Rousseff, e em 2018, alavancou a candidatura de Jair Bolsonaro, com ministros nomeados para ex-mandatário.

Nos quatro anos de governo Bolsonaro, o União disse que adotou uma postura “independente”. No governo Lula de 2022, o partido ganhou 3 ministérios: além do Turismo, Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes) foram também indicações da sigla.

O União Brasil tem ampla presença no Congresso e consideráveis vitórias em eleições municipais, mas anseia, historicamente, um protagonismo no Palácio do Planalto. Para isso, comprou a briga com o Podemos para tentar no ex-juiz Sergio Moro, o mesmo algoz de Lula, as chances da principal cadeira política do país, sem sucesso.

O desejo antigo do União de conseguir a Presidência estava nas mãos do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), uma das principais lideranças do partido. Ele chegou a se lançar, oficialmente, à pré-candidatura da Presidência pelo partido. Mas as poucas chances fizeram a siglar manobrar, novamente, as suas decisões políticas.

À frente do ministério do Turismo desde 2023, Celso Sabino, afirmou que “respeita” a posição de Caiado, mas que o União Brasil deve apoiar a reeleição do presidente Lula, em uma negociação que estaria em andamento.

Segundo Sabino, o União já tem uma “ampla maioria formada por deputados e senadores” que apoiam a reeleição de Lula, mas que obteria a certeza deste apoio se o partido “participar da chapa”, ou seja, nomear o candidato a vice-presidente.

Negociação para vice de Lula

“A gente tem uma ampla maioria formada por deputados na Câmara, por senadores, por lideranças em todo o país, e eu tenho certeza de que em 2026 o nosso partido vai ter uma maioria ainda maior na defesa da reeleição do presidente Lula”, narrou o ministro, durante a sua participação no programa Roda Viva, nesta segunda (07).

“Para o nosso grupo, além de fazer parte [da campanha de Lula em 2026], é que possa participar da chapa, inclusive com o vice do presidente Lula com o mandato que vai se iniciar em janeiro de 2027 [se reeleito].”

Por parte do governo Lula, contudo, não há indicativos de que o presidente aceitará um vice da sigla de Caiado e do seu ministro.

Sobre os desejos de uma candidatura própria do União, Sabino afirmou que o partido e ele, pessoalmente, “respeitamos a posição do governador Caiado que tem esse sentimento em seu coração e vai defender nas prévias” o lançamento de sua pré-candidatura.

O ministro lembrou que a ausência do presidente do partido, Antonio de Rueda, no lançamento da pré-candidatura de Caiado revela que o ato “foi um gesto e uma manifestação do governador de Goiás, e não um movimento do partido União Brasil”.

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