MADURO DIZ QUE DEIXARIA PRESIDÊNCIA “NAS MÃOS DO POVO” SE OPOSIÇÃO GANHAR ELEIÇÕES
No próximo domingo, venezuelanos irão eleger 277 deputados para a Assembleia Nacional
O presidente venezuelano Nicolás Maduro declarou que deixaria a presidência de maneira voluntária, caso a oposição ao seu governo conquiste a maioria das 277 cadeiras da Assembleia Nacional, nas eleições do próximo domingo.
“Se a oposição ganhar as eleições, eu não continuarei aqui. Deixo meu destino nas mãos do povo da Venezuela”, afirmou durante o encerramento de campanha do Grande Polo Patriótico – chapa governista que concorre às eleições parlamentares.
O chefe de Estado, no entanto, não deixou claro se pediria renúncia ou se apoiaria um referendo revogatório – figura jurídica prevista na Constituição venezuelana, que pode ser acionada a partir da metade do mandato.
O processo eleitoral do dia 6 de dezembro irá determinar os parlamentares dos próximos cinco anos e marcará o fim da atual legislatura, de maioria opositora. Desde 2015, o parlamento foi presidido por representantes dos quatro maiores partidos de oposição, entre eles o deputado Juan Guaidó. O chamado G4 utilizou a Assembleia para promover sanções contra o seu próprio país, a fim de atacar o governo chavista.
O chefe de Estado assegurou que “aceita o desafio”, mas que não poderia aceitar mais cinco anos com a oposição controlando o legislativo.
Apesar das declarações, Maduro não prevê uma derrota da chapa governista, pelo contrário, convocou o povo venezuelano a selar uma “grande vitória com votos de consciência” no pleito do fim de semana.
Entre os principais candidatos do Grande Polo Patriótico estão a primeira dama, Cília Flores, o filho do presidente, Nicolás Maduro Guerra, e o ex-ministro Jorge Rodríguez, que atua como chefe de campanha do bloco liderado pelo PSUV.
Edição: Rodrigo Chagas