MILITARES FICAM PREOCUPADOS COM DEPOIMENTO DO GENERAL, ESTEVAM THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA, À PF E TEMEM DELAÇÃO

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por Caique Lima

O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira. Foto: Divulgação/Exército
Estevam Teophilo Gaspar de Oliveira, general investigado por trama golpista, divergiu de outros militares e decidiu falar à Polícia Federal durante depoimento. Sua escolha durante a oitiva gerou apreensão em outros militares investigados, que temem uma colaboração com a corporação. A informação é do Blog da Andréia Sadi no g1.

Ex-comandante de Operações Terrestres entre o final de março de 2022 e novembro de 2023, Teophilo controlava a unidade com o maior contingente de tropas do Exército. Segundo investigações, ele teve uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada e aderiu ao plano golpista.

Militares acreditam que ele pode seguir o caminho do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que aceitou fazer delação premiada com a Polícia Federal. Outra preocupação é que Teophilo detalhe o  envolvimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes nas tratativas golpistas.

Militares ainda temem que os fardados investigados promovam um “empurra-empurra” de responsabilidade entre eles.

Jair Bolsonaro e o ex-comandante do Exército Freire Gomes. Foto: Reprodução

Teophilo prestou depoimento na última sexta (23) em Fortaleza (CE). Ao contrário de outros investigados, como Bolsonaro, ele respondeu as perguntas feitas por investigadores e falou por cinco horas durante a oitiva. A investigação aponta que o general seria o responsável por mobilizar a tropa caso o ex-presidente decidisse concretizar um golpe de Estado.

“Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados kids pretos) a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado”, aponta a PF em relatório.

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